O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou nesta terça-feira em apresentação a investidores no Vale Day, em Nova York, que o minério de ferro de Carajás, que representa 40% da produção da companhia, consegue um prêmio de US$ 10 em relação à referência de mercado, que tem 62% de teor de ferro contido. Em média, o minério de Carajás tem 65% de ferro contido.
Ferreira disse também que desde 2011 a mineradora vendeu quase US$ 13 bilhões em ativos, o que possibilitou à companhia manter a atenção voltada para ativos de classe mundial. Segundo Ferreira, o foco da companhia continua sendo o de ter a dívida líquida entre US$ 15 bilhões e US$ 17 bilhões. “É nosso objetivo anunciar outros desinvestimentos até o fim do ano”, disse Ferreira.
Custo
O diretor-executivo de ferrosos e estratégia da Vale, Peter Poppinga, que o custo de produção de minério de ferro da empresa em Carajás cairá de US$ 10,8 por tonelada para US$ 7,7 por tonelada com a entrada em operação do projeto S11D, em Carajás, no Pará.
Poppinga participa, juntamente com toda a diretoria-executiva da mineradora, do Vale Day, em Nova York.
O S11D, maior projeto de minério de ferro da história da Vale, já está em testes e deve fazer o primeiro embarque comercial no início do ano que vem.
Poppinga disse também aos investidores em Nova York que o “breakeven” da empresa – o ponto de equilíbrio do preço do minério para a Vale, ou seja, valor que separa a atividade lucrativa daquela que gera perdas em pelotas e minério de ferro -, caiu 53% desde o quarto trimestre de 2014. Em sua apresentação, o executivo não mencionou qual o valor, em dólares, do “breakeven” da companhia.
Produção
A Vale reafirmou a estimativa de produzir entre 360 milhões e 380 milhões de toneladas de minério de ferro no ano que vem. A projeção, que havia sido divulgada no relatório de produção do terceiro trimestre, foi ratificada nesta terça-feira pelo diretor-executivo de ferrosos e estratégia da mineradora, Peter Poppinga, durante encontro com investidores no Vale Day, em Nova York.
Neste ano, a produção de minério de ferro da companhia deve ficar entre 340 milhões e 350 milhões de toneladas.
Poppinga estimou ainda uma produção entre 400 milhões e 420 milhões de toneladas em 2018; 400 milhões a 430 milhões de toneladas em 2019 e entre 400 milhões e 450 milhões de toneladas em 2020 e 2021.
O diretor afirmou também que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Vale no minério de ferro vai aumentar de US$ 3 a US$ 5 por tonelada até 2020.
A maior parte do aumento da produção virá do Sistema Norte, no Pará. Neste ano, a produção no Sistema Norte deve atingir 153 milhões de toneladas, passando para 180 milhões de toneladas no ano que vem, 230 milhões de toneladas em 2018, 2019 e 2020. Atualmente, a produção do Sistema Norte está limitada pela capacidade logística da Estrada de Ferro Carajás (EFC).
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