Quando era mais novo, Jefferson não era goleiro. Nem jogava bola para competir a princípio. O seu foco era a natação. E, quando ia para a escolinha do professor Clélio, em São Vicente, nada de agarrar. Queria jogar no ataque, fazer gols. Mas a vida mudou. A posição que ele recusava na infância virou não só seu ganha pão como um meio de realizar um sonho: disputar uma Copa do Mundo. Esta é a trajetória contada no perfil deste sábado no Jornal Nacional.
Corredor de 100m, estreou no atletismo aos 10 anos, ganhou medalhas, foi o destaque da cidade e disputou até competições com os melhores do estado de São Paulo. Mas o que o divertia era o futebol com o professor Clélio, que foi quem insistiu para que ele virasse goleiro.
– Todo mundo queria ser atacante, todo mundo queria fazer gol. Com 11, 12 anos, já percebia que ele tinha tudo para ser um goleiro profissional. Ele falou: “Ah, quero jogar na linha. Goleiro não dá nada. O negócio é ser jogador de linha, que ganha dinheiro” – contou o ex-treinador.
Jefferson chegou a ficar seis meses longe da escolinha depois de ser vetado de jogar no ataque. Mas voltou. Deu o braço a torcer. Assumiu a posição de goleiro, foi para a Ferroviária, e dividia o tempo entre o futebol e trabalho para ajudar os pais. Até que aos 14 anos foi para o Cruzeiro.
– Teve muitas, muitas dificuldades, muita saudade, muita dor – lembra Dona Maria Sônia.
“Tudo” para ele, sua mãe sempre lhe ajudou e apoiou. Até quando foi para o profissional do time mineiro, aos 17 anos. Depois, Botafogo, Turquia e agora novamente no Botafogo, como um dos melhores do país na posição. Agora, faltam poucos dias para a realização de mais um sonho: a disputa da Copa do Mundo no Brasil.
– Eu vejo a gente colocando a mão naquela taça e ele ali, assim, assim, trazendo pra nós essa alegria – completou a mãe do goleiro.
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