A campanha “Setembro Verde” marca a mobilização nacional da sociedade para a doação de órgãos e tecidos. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Central Estadual de Transplantes (CET), deu início às ações com uma agenda que inclui palestras e orientações aos profissionais de saúde sobre o tema “Plante amor por onde for” durante todo este mês.
“Ao longo destes anos de gestão, nossa equipe vem buscando reconhecer os gargalos que possuímos na saúde pública em todo o Estado. Esse é um trabalho constante e minucioso, que não pode ser simplesmente técnico, mas também precisa priorizar a humanização. Nesse sentido, nosso olhar também se voltou aos transplantes e o que poderia ser feito para atender melhor nossa população. Hoje, estamos aumentando e melhorando nossa rede, além de melhorar os fluxos de atendimento. O Estado vem cumprindo a sua parte e é importante que também haja o envolvimento da população na causa, pois a doação de órgãos pode salvar muitas vidas”, disse o secretário de Saúde do Estado, Rômulo Rodovalho.
Transplantes no Pará – No Estado, são realizados os transplantes de rim, fígado, tecidos oculares (córnea e esclera) e medula óssea. Em 2023, até o mês de julho, foram realizados, no Pará, 301 transplantes de córnea, 43 transplantes de rim, 04 fígados e 10 de medula óssea. Ao todo, 1.568 pessoas no Pará estão em lista de espera aguardando por uma córnea (986), rim (578) e fígado (04).
A CET acompanha esses hospitais e coordena e fiscaliza todo o processo de doação, captação e transplantes de órgãos no Estado, sendo estes processos complexos e dinâmicos, com múltiplas etapas envolvendo equipes multiprofissionais.
Atualmente, a Central conta com uma equipe de 16 profissionais, entre médicos, biomédicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, agentes administrativos e motorista, que garantem o funcionamento da CET durante 24 horas, sem interrupções.
Como funciona a doação – órgãos só podem ser doados após uma série de processos e protocolos de segurança, incluindo o diagnóstico de morte encefálica, a autorização familiar para doação, a avaliação dos órgãos de modo a afastar doenças infecciosas, além da realização de exames de compatibilidade com prováveis receptores.
Após a confirmação do diagnóstico, a Central Estadual de Transplantes (CET) é notificada e a família consultada. É por meio da entrevistada realizada por uma equipe de profissionais de saúde que a família é informada sobre o processo e é solicitado o consentimento para a doação de órgãos.
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