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Por isso, a Rede Amazônica de Clínicas de Direitos Humanos da Universidade Federal do Pará (UFPA) solicitou uma audiência pública na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que integra a Organização dos Estados Americanos (OEA), para tratar dos conflitos de terra no Brasil, e, principalmente, no Pará.
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“A gente está fazendo todo um levantamento, junto com a CPT, de todos esses dados de conflito no campo com morte. E mostrando que o Brasil não vem dando uma resposta adequada”, disse Valena Jacob, integrante da Rede Amazônica de Clínicas de Direitos Humanos da UFPA.
O caso mais recente de massacre no Brasil foi no município de Pau d’arco, no sul do Pará, em maio de 2017. Durante uma operação para cumprir mandados de prisão, com a participação de 29 policiais militares e civis, 10 trabalhadores rurais foram assassinados na fazenda Santa Lúcia.
“Menos de 10% dos crimes ocorridos contra os trabalhadores rurais, sejam os massacres, sejam aqueles cometidos contra as lideranças sindicais, de associações, se concluiu, que é no mínimo necessário para um julgamento na forma da lei a conclusão de inquéritos. Muitos, a maioria ficou pela metade. Outros nem se quer foram objetos de investigação policial. E os que foram levados a júri popular, a minoria muito insignificante”, falou o padre da CPT Paulo Joanil.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) informou que vem implementando ações de prevenção de conflitos agrários em todo o estado, e que já criou delegacias especializadas em Belém, Marabá e Redenção.
E a previsão é criar outras três em Altamira, São Félix do Xingu e Itaituba. A Segup disse também que mantém, junto com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), o programa de proteção de defensores, que atende atualmente 53 pessoas. Fonte: G1 Pará.
Pará – Clique sobre cada um dos 26 massacres para ver os detalhes:
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