O edital Casa Aberta – Amazônia Paraense divulgou, nesta terça-feira (3), o resultado final da seletiva de 2025. Com um recorde no número de inscrições, o projeto recebeu 496 trabalhos, mais que o triplo do total registrado no ano passado, quando foram 140 propostas. Quarenta e sete municípios paraenses participaram da seleção, sendo a maioria dos trabalhos enviados da capital, Belém; seguida de Marabá, Canaã dos Carajás e Parauapebas. A iniciativa de valorização da diversidade cultural e promoção de múltiplas narrativas amazônidas é da Casa da Cultura de Canaã dos Carajás, vinculada ao Instituto Cultural Vale (ICV). Confira os trabalhos selecionados no link a seguir:
Nesta edição, o edital também obteve um alcance ainda maior, recebendo inscrições de municípios localizados em seis das 12 regiões de integração (RIs) do estado. Para a coordenadora da Casa de Cultura de Canaã dos Carajás, Gabriela Sobral Feitosa, a diversidade dos materiais recebidos mostra a força da cultura paraense e o aumento da capacidade de mobilização e articulação da classe artística do estado.
“Chegamos à segunda edição com um número muito expressivo de inscritos e esse aumento do número de trabalhos recebidos mostra que os artistas estão se articulando e criando circuitos culturais cada vez mais potentes. Enquanto Instituto, ficamos muito felizes em poder promover a cultura do estado, contribuir para sua circulação e fomentar a economia criativa da região. Esse é um resultado muito significativo, que reflete como os artistas locais estão se profissionalizando. Os editais cumprem um papel fundamental nesse processo, fortalecendo e impulsionando o crescimento profissional da cena cultural e artística do Pará”, pontuou Gabriela.
A diretora executiva do Instituto Cultural Vale, Luciana Gondim, reforça que a instituição tem como um dos eixos de atuação o investimento em editais regionais, como o Casa Aberta. “Essas iniciativas valorizam a produção artística local, evidenciam novos nomes da arte contemporânea e fortalecem as oportunidades para os artistas e produtores de cultura em sua diversidade”, ressalta.
Para o supervisor educativo da Casa da Cultura, Jairon Gomes, destaca que o critério de seleção do edital leva em conta a promoção da cultura, seu dinamismo frente às transformações do território e a relevância para as identidades formadas ao longo do tempo e do espaço na região. “Além disso, o fator educativo é fundamental, considerando que temos uma Escola de Música, Dança e Teatro na Casa da Cultura”, detalha.
“Outro ponto importante diz respeito aos processos simplificados de participação dos fazedores de cultura no edital, o que pode explicar o número de quase 500 inscrições em 2025. Para a Casa, o Edital Casa Aberta Amazônia Paraense, além de ser uma plataforma de fomento à cultura no Pará, representa um caminho para trabalharmos a cultura em suas três dimensões: simbólica, econômica e cidadã. Essas três dimensões são cruciais no momento da seleção dos projetos, contribuindo também para uma análise cultural e social em um contexto mais amplo. A compreensão dessas dimensões é essencial para a gestão cultural, a formulação de políticas públicas e a análise social”, conclui Jairon.
Impacto positivo
Um dos principais resultados da primeira edição do Edital Casa Aberta – Amazônia Paraense foi a exposição coletiva “Um Norte em Nós”, que ao longo de três meses recebeu a visita de mais de seis mil pessoas. Em cartaz na Casa da Cultura de Canaã dos Carajás desde o dia 14 de março e sob a curadoria de Henrique Montagne, a mostra reuniu trabalhos de 12 nomes da nova cena das artes paraenses e propôs uma experiência imersiva que reflete sobre pertencimento, ancestralidade e a necessidade de conservação desse território. As obras podem ser conferidas até o dia 11 de junho.
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