A Eldorado Gold espera a aprovação do conselho diretor da empresa para colocar em construção o projeto de mineração de ouro Tocantinzinho, no município de Itaituba, na região Sudoeste do Pará. Representantes da mineradora, que pretende investir US$ 503 milhões no projeto, se reuniram ontem (7) com o governador Simão Jatene (PSDB) para apresentar o empreendimento, que pode gerar 600 empregos diretos.
O diretor executivo da Eldorado Gold, Paul N. Wright, disse que a reunião do conselho diretor deve acontecer no dia 14 de dezembro, para deliberação das alternativas de investimento dos recursos. “Estamos em um período muito favorável na área financeira, devido aos ativos vendidos na Índia. Temos US$ 1 bilhão e precisamos saber onde vamos investir esse recurso”, afirmou Wright. A minha tinha, no fim de terceiro trimestre deste ano, US$ 490 milhões em caixa.
“Estamos com tudo pronto. O estudo de viabilidade foi concluído. Temos licença ambiental prévia. Se o conselho diretor aprovar o investimento no projeto, podemos começar a construção do Tocantinzinho em janeiro de 2017”, disse Wright, ao apresentar o projeto e afirmar que a Eldorado Gold “é uma empresa completa”, por realizar todo o processo de implementação do projeto minerador, da pesquisa à exploração, passando pelo desenvolvimento, construção e operação das minas.
Se for aprovado, o empreendimento no Pará será a terceira mina no Brasil a ser explorada pela mineradora canadense, que está há 20 anos no Brasil. A empresa chegou ao Pará em 2010, após adquirir a subsidiária brasileira Brazauro Recursos Minerais, para investir no projeto Tocantinzinho, uma mina a céu aberto, com um depósito não-refratário de ouro, hospedado em intrusões e próximo à superfície.
Em junho de 2015, a Eldorado anunciou que pretende produzir 1,7 milhão de onças de ouro em 10 anos no Pará. Em um comunicado enviado ao mercado no ano passado a mineradora disse que precisaria de investir aproximadamente US$ 466 milhões para colocar Tocantinzinho em produção e de um investimento corrente de cerca de US$ 64 milhões, que inclui custos com fechamento da mina.
De acordo com o governo paraense, a atração de novas empresas para o Estado faz parte do plano Pará 2030, que pretende ampliar o desenvolvimento econômico e social por meio de projetos sustentáveis que gerem emprego e renda para a população, respeitando o meio ambiente. Segundo o governador do Estado, as parcerias público/privadas no Pará tendem a ser mais consolidadas quanto maior for a compreensão entre as necessidades dos setores envolvidos, e que o desafio de desenvolver uma economia sustentável passou a ser de interesse comum.
Fonte: NMB
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