Moda pluricultural. Esse é o foco do trabalho da estilista carioca Julia Vidal, de 40 anos. Formada em Design Gráfico e com mestrado em Relações Étnico-Raciais, Julia está à frente de cursos on-line (juliavidal.com.br) como “A história que a moda não conta” e o intensivo “Maratona antirracista”, que acontece neste mês. Ambos estão com as inscrições abertas a partir deste domingo. Nos dois, figuras e saberes femininos fundamentais na construção da identidade da brasileira, do passado e também contemporâneas, são evidenciadas.
O objetivo de Julia é aproximar estudantes, estilistas e empreendedores de nomes como os da designer têxtil Goya Lopes, da artista indígena Weena Tikuna e da estilista Day Molina, que, geralmente, não são abordados no ensino convencional. “A Goya desenvolve um trabalho baseado na estética afro-baiana, reconhecido internacionalmente e pouco falado por aqui. Já a Weena Tikuna elaborou um tecido a partir da palha de tururi (fibra natural vegetal), e a Day Molina fala sobre o indígena urbano”, resume. A roupa de crioula (trajes e adornos usados por mulheres negras a partir do século XIX) também é objeto de estudo. “É o que chamo de criação genuína de moda brasileira, resultado de irmandades femininas.”
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