De acordo com a pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no mês de dezembro de 2016, a cesta básica em Belém custou R$ 410,71, o que comprometeu cerca de 51,00% do salário mínimo do trabalhador que era de R$ 880,00. De janeiro a dezembro de 2016, o aumento do valor dos produtos básicos da mesa dos paraenses foram quase generalizados com destaque para a farinha de mandioca.
A partir de janeiro de 2016, o Dieese/PA mudou a metodologia da pesquisa da cesta básica e também passou a realizar o levantamento do preço do conjunto básico dos alimentos em todas as capitais brasileiras.
Ainda segundo o Dieese/PA, em 2016, a alta acumulada no preço do Ccesta básica dos paraenses alcançou 16,70%, com reajustes na grande maioria dos produtos, com a alta recorde da farinha de mandioca, acumulada no período analisado de 63,16% contra uma inflação de cerca de 6,47%.
Como na cesta básica a previsão de consumo mensal da farinha de mandioca por trabalhador no Pará é de 3,00 kg, o gasto total em dezembro do ano passado do consumo do produto atingiu R$ 21,39. Já o tempo de trabalho necessário para adquirir o produto nas quantidades estipuladas foi de 5h21. Em dezembro de 2015, o gasto total na compra do produto atingiu R$ 13,11 com um tempo de trabalho necessário de 3 h40.
Em dezembro, o Dieese realizou uma pesquisa nacional da cesta básica e o quilo da farinha de mandioca consumida pelos paraenses comercializada em feiras livres e supermercados da capital foi a mais cara entre as capitais dos demais estados da região Norte.
Um dado importante é que essa situação de aumento de preços da farinha de mandioca, não deveria acontecer, pois o estado é o maior produtor de mandioca do país. As causas do aumento no preço da farinha e de outros produtos básicos da mesa dos paraenses são diversas, e envolve vários fatores estruturais dentro da cadeia produtiva até chegar na comercialização.
A maior quantidade da farinha de mandioca consumida em Belém vem de municípios próximos da capital como Castanhal, Capanema e Bonito, porém, mais da metade da produção é ainda artesanal. Este fato, aliado a produção e ao escoamento da mesma do produtor ao consumidor faz com que o consumidor paraense continue pagando muito por causa de reajustes acima da inflação, assim como aconteceu em 2016.
(Fonte:DOL)
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