Com incremento de 10,8% no acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano passado, a produção industrial do Pará teve o melhor desempenho do País em março deste ano, ao registrar 7,3% de crescimento, superando a do estado do Mato Grosso, que ficou em segundo lugar, com 4%. Este é o terceiro ano consecutivo que o Pará registra desempenho positivo na atividade industrial no período, em análise elaborada pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).
O desempenho positivo da indústria paraense se deve à elevação produtiva de 13,1% da indústria extrativa, especialmente pela grande demanda internacional por minério de ferro e pelo aumento do preço dessa commodity, que teve crescimento da quantidade exportada de 27% em março, fato este que vem influenciando a expansão da produção paraense.
Para o presidente da Fapespa, Eduardo Costa, a tendência é de que o estado consiga diversificar cada vez mais sua economia a partir da indústria. “Entende-se a demanda internacional com um indicativo para a variação da produção e, nesse sentido, quando observadas as exportações de minério de cobre, com 16%, e de bauxita, com 37%, houve incremento na quantidade exportada pelo estado”, explicou Costa.
O bom desempenho da indústria paraense – que foi o ente federado de maior expansão produtiva – também pode ser observado no resultado para o acumulado do ano, período de janeiro a março, quando houve incremento de 10,8% na produção.
Apesar do bom desempenho, o setor da indústria da transformação apresentou recuo de 13,5% em março. Apenas o segmento de fabricação de celulose, papel e produtos de papel registrou variação positiva de 32,6% no mês, na comparação com o ano anterior. A metalurgia registrou declínio na produção de 2,7%, após crescimento por dois meses seguidos, janeiro e fevereiro, o que garantiu ao setor um crescimento de 2,6% no primeiro trimestre de 2016.
No cenário nacional, a retração industrial nos demais estados pesquisados, incluindo o Pará, que apresentou recuo de 3,2% em relação ao mês de fevereiro, conduziu a um declínio da indústria brasileira de -11,4%, na série analisada.
Por Helen Barata
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