O PMDB realizou, neste sábado (12), em Brasília, sua convenção nacional, para reconduzir o vice-presidente da República, Michel Temer, à presidência nacional do partido. No total, 454 delegados elegeram os membros do Diretório Nacional, que, por sua vez, vão escolher a nova Comissão Executiva Nacional.
Principal partido da base aliada do Governo da presidente Dilma Rousseff, o PMDB chegou dividido à convenção entre manter o apoio ao Governo ou decidir pelo afastamento. Mas os principais líderes do partido pregaram a manutenção da união com o Governo. Para o senador Jader Barbalho, no momento o Brasil precisa se unir. “Não é momento de radicalização, de arroubos políticos. O País precisa de união e tranquilidade”, declarou Jader, bastante assediado pela imprensa durante o encontro.
Ele informou que o PMDB ainda não tem uma posição definida sobre seu desembarque ou não do Governo. Já a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, filiada ao partido, negou a possibilidade de a legenda se afastar do Governo. “Só um capitão covarde abandona o navio na hora da tempestade. O PMDB não é um covarde”, disse.
OPINIÕES
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou na terça-feira (8) que espera que seu partido, o PMDB, continue participando do Governo, sem desrespeitar as opiniões divergentes internas da legenda. Em relação à convenção, o peemedebista não descartou que seja discutida a saída do partido da base governista. No entanto, Castro defende que o PMDB continue “da maneira como está”.
De acordo com Marcelo Castro, a legenda, tradicionalmente, convive com posições contrárias às acertadas pela maioria. “O PMDB é um partido absolutamente democrático, que convive sempre com correntes adversas, e sempre foi tolerante com essas posições”, destacou Castro. “Evidentemente, vão aparecer propostas, cada um vai fazer de acordo com as suas convicções, mas o que a gente espera é que o PMDB continue da maneira como está”. Segundo ele, o importante é que cada um respeite o posicionamento do colega. “Ninguém vai interferir na conduta do outro. Vamos nos respeitar mutuamente, como sempre fizemos”.
Já o senador Romero Jucá disse, na chegada à convenção nacional, que o partido decidiu que, em até 30 dias, o Diretório Nacional vai decidir se mantém apoio ao Governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, todas as propostas de rompimento e afastamento serão recebidas e levadas em conta. “Temos de levar todas as opiniões e ideias em consideração”, disse Jucá. “Mas, hoje, também estamos tomando a decisão de que, em até 30 dias, o Diretório Nacional do PMDB vai analisar todas essas propostas”, concluiu o senador.
(Diário do Pará)
Comentários com Facebook