O final de semana e o início desta foram marcados mais uma vez com o registro de três mortes violentas em Parauapebas, sendo uma por golpes de foice, outra por disparos de arma de fogo e a terceira encontrada nas águas do Rio Parauapebas. As vítimas são José Benedito Gonçalves Moreira, 24 anos, conhecido por Shayla; Rosenir Cristina da Silva Sousa, 46 anos; e Ivan Ferreira Coimbra, 38 anos.
Boiando no rio
O corpo sem vida de Shayla foi encontrado na manhã desta segunda-feira (21) boiando nas margens do Rio Parauapebas, na localidade conhecida como Balneário da Fia, no Bairro União, em Parauapebas. Shayla estava desaparecido desde as 5 horas de domingo (19), quando teria saído da casa onde morava acompanhado de um homem, o qual, segundo testemunhas, teria apresentado como seu namorado, mas que ninguém conseguiu identificar até o momento.
“Apuramos até agora que a vítima era travesti, natural de Cametá, estava na cidade há pouco tempo e tinha vindo de Belém”, informou o cabo PM Silva. Por outro lado, uma testemunha que pediu para ter nome preservado disse que a vítima conheceu o homem, que pode ter sido o algoz, dois dias antes de desaparecer na sexta-feira (18), quando os dois iniciaram um envolvimento amoroso.
No domingo, por volta de 5 horas, o homem teria batido na porta da casa onde Shayla estava morando, na Rua I, Bairro União, e os dois teriam saído juntos caminhando em direção ao rio, que fica aos fundos da residência. “Ele (Shaila) abriu a porta e saiu com esse homem. Um rapaz que estava sentado na porta de casa ainda perguntou o que ia fazer com um desconhecido na beira do rio, mas ele disse que o homem era seu namorado”, relata a testemunha, adicionando que depois disso Shayla não foi mais visto.
Até o fechamento desta matéria, não havia sido divulgada a causa da morte da vítima, cujo corpo não apresentava marcas ou qualquer perfuração de faca ou bala.
Golpe de foice
Ivan Coimbra foi assassinado a golpe de foice no último sábado (19) na localidade de Alto Bonito, zona rural de Marabá, mas já próximo de Parauapebas. A polícia prendeu Arthur Silva de Menezes, de 37 anos, que confessou ter praticado o assassinato.
Ouvido pela reportagem, Arthur Silva informou que no sábado ele chegou de Parauapebas e foi direto para um bar onde costuma beber. Lá teria conhecido Ivan, que o convidou para ir para outra vila.
Em dado momento da bebedeira, a vítima teria começado a tirar brincadeiras com o acusado, chamando-o de corno. O clima entre os dois ficou pesado e lvan foi embora, deixando o acusado no local.
Arthur conta que deixou o bar, reencontrou Ivan e os dois começaram a discutir novamente, e acertou um violento golpe de foice no pescoço da vítima, quase decepando.
Executada a tiros
A mulher Rosenir Cristina Sousa foi executada com quatro tiros no final da tarde desta segunda-feira (21) na porta do condomínio onde ela morava, localizado na Rua Luís Gonzaga, Bairro da Paz, em Parauapebas, quando ela retornava do trabalho.
As polícias Militar e Civil e uma equipe do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves foram acionadas para fazer os primeiros levantamentos e remover o corpo para o Instituto Médico Legal.
Segundo testemunhas, a vítima foi surpreendida por dois indivíduos em uma moto de placa e modelo não anotados. O ex-marido da vítima figura como suspeito de ter matado a mulher, mas a Polícia Civil não confirmou nem desmentiu essa informação. (Vela Preta/Waldyr Silva)
Atualização em 23/12
Francisco Vasconcelos Leal, de 60 anos, foi detido em Morada Nova, em Marabá, na noite de terça-feira (22), após ligações anônimas para o Disque Denúncia Marabá (3312-3350). Ele é o principal suspeito do assassinato da ex-companheira Rosenir Cristina da Silva Sousa. Os atiradores ainda não foram identificados
As suspeitas contra Francisco surgiam ainda na cena do crime, uma vez que ele já havia agredido a mulher anteriormente, golpeando-a com uma faca. Os dois estavam separados há cerca de seis meses, porém, segundo vizinhos, o homem a ameaçava constantemente por conta de uma casa que os dois possuíam juntos.
Após ser preso, o homem foi apresentado na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde foi ouvido pela equipe de plantão, que preferiu não comentar o caso por se tratar de uma investigação oriunda da Polícia Civil de Parauapebas..
(Vela Preta/Waldyr Silva)
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