Moradores de uma pequena comunidade ribeirinha às margens do rio Camarapi, no município de Portel, Ilha do Marajó, ficaram sobressaltados com a notícia de um feminicidio. O crime foi na noite de sexta-feira (11) e a localidade dista seis horas de barco do centro de Portel. O caso foi registrado pelo pai da vítima, que não se identificou. Ele contou ao delegado Paulo Henrique Junqueira que Fátima Marly Rodrigues Gomes foi morta na casa em que morava e que o principal suspeito era o marido, Benedito Leão da Costa, de 36 anos.
Policiais civis e militares de Portel, ao tomarem conhecimento do crime, foram até a comunidade, onde coletaram informações e trouxeram o corpo da vítima para realização do exame cadavérico no Hospital Municipal.
Esse procedimento é comum nos municípios marajoaras onde inexistem espaços do Instituto de Criminalística para perícia de levantamento de local de crime e remoção, fato que acaba prejudicando as investigações mais aprofundadas por parte de policiais civis.
O feminicídio foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Portel por Francisco Feitosa Gomes, pai da vítima, perante a equipe do delegado Paulo Henrique Junqueira, que instaurou inquérito policial diante das informações colhidas por testemunhas e pelos policiais que estiveram no local do crime.
O pai comunicou que sua filha Fatima Marly Rodrigues Gomes, brasileira, paraense, natural de Breves, foi assassinada na própria residência, situada no rio Camarapi, localidade de Paca Puteiro, tendo como autor o próprio marido, Benedito Leão da Costa, de 36 anos.
O pai dela disse ainda que a vítima vinha sendo ameaçada e agredida pelo companheiro, que nutria ciúme, chegando ao ponto de fazer em público ameaças à mulher.
PROCURADO
Tão logo atirou na companheira, Benedito Leão da Costa conseguiu fugir em uma “rabeta” embarcação típica da região estando em lugar incerto e não sabido. Ele teria usado uma espingarda calibre 20 para efetuar o disparo vindo atingir o peito da companheira.
Uma testemunha disse que após disparar contra Fatima Marly Rodrigues Gomes o assassino teria recarregado a arma como forma de intimidar quem ousasse atrapalhar seu plano de fuga. Ele está sendo procurado.
(J.R Avelar)
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