‘O Minha Casa, Minha Vida tem que levar dignidade, tem que ajudar a diminuir as enormes desigualdades de nosso país. Temos que ofertar o melhor que pudermos ao povo brasileiro’. Com esta declaração o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, anunciou qual será sua prioridade em sua gestão à frente do ministério que foi extinto durante os 4 anos do Governo Jair Bolsonaro.
O paraense assumiu nesta terça-feira, 3, o comando do ministério das Cidades. No último domingo, Jader Filho e outros 36 ministros foram empossados por Lula. A cerimônia ocorreu no auditório do edifício Celso Furtado, o setor de Grandes Áreas Norte, na Asa Norte, em Brasília (DF), e foi prestigiada por várias autoridades políticas, familiares e convidados.
Entre os presentes estavam o senador da República Jader Barbalho (MDB) e deputada federal Elcione Barbalho (MDB), pais do ministro, além do irmão, o governador Helder Barbalho (MDB), e o ex-presidente da República, José Sarney.
O evento também reuniu militantes de movimentos sociais por moradia, que puxaram coros de apoio a Lula em mais de uma ocasião, como do MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), do MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) e do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).
O novo ministro disse que está aberto ao diálogo com movimentos sociais. Jader Filho afirmou que a nova gestão vai listar as obras de habitação que estão paradas, e retomar a construção da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, destinada ao mais pobres. Segundo o ministro, o programa Minha Casa, Minha Vida contratou 4,2 milhões de moradias até 2016, sendo 1,6 milhão para famílias de baixíssima renda.
“De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, o PNAD, feita pelo IBGE em 2019, o déficit habitacional no Brasil chega a 5,9 milhões de unidades. Sem contar mais de 5,1 milhões de domicílios em aglomerados subnormais. Um dos principais caminhos para resolver essa chaga nacional é exatamente a retomada urgente do Minha Casa, Minha Vida. Os números passados atestam a importância do programa”, declarou.
Jader revelou ainda a orientação dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao novo ministro.
“E aqui peço licença para citar o presidente Lula: O Minha Casa Minha Vida “precisa ter varanda”. Em sua enorme sabedoria, o presidente quando diz que tem que ter varanda, ele diz: este programa tem que levar dignidade, tem que ajudar a diminuir as enormes desigualdades de nosso país. Não é porque a pessoa precisa do apoio do governo que pode receber uma obra qualquer, de baixa qualidade, ao contrário: temos que ofertar o melhor que pudermos ao povo brasileiro”.
O ministro das Cidades afirmou também que dará atenção especial às políticas de saneamento básico.
“Outra frente muito importante a ser reconstruída são os programas de saneamento básico. Em 2020 foi aprovado o Marco do Saneamento. Não vamos limitar investimentos privados em saneamento. Ao contrário, vamos incentivar. Mas sabemos que em muitas áreas do país, especialmente nas mais pobres, justamente onde há pouco ou nenhum tipo de saneamento, não há interesse da iniciativa privada em investir. Então, nessas áreas o poder público precisa agir. Hoje, há cerca de 1.200 municípios numa espécie de limbo. Não têm saneamento vindo da iniciativa privada nem do poder público”, afirmou.
Fonte: Diário do Pará
Comentários com Facebook