Esgoto a céu aberto, ruas em estado precário e carência de serviços básicos, como saúde. Esta é realidade dos moradores do Bairro Tropical I, que denunciam o completo abandono do local pela gestão atual. De acordo com eles, o governo anterior deixou em andamento a obra da rede de água e esgoto do bairro, mas já se passaram quase três da atual gestão sem que serviço tivesse continuidade. Com isso, a cada dia, a situação fica pior, com o mau cheiro que incomoda dia e noite, sem contar nos danos causados a saúde, principalmente das crianças que brincam nas ruas em meio ao esgoto.
Segundo Ângela Lúcia, quando assumiu o governo o prefeito Valmir Queiroz Mariano, o Valmir da Integral (PSD), argumentou que não ia dar sequência à obra naquele momento, porque “ainda estava arrumando a casa”, mas que depois o serviço seria realizado. “Será que ele ainda não conseguiu arrumar a casa em três anos de mandato”, questiona Ângela.
Ela observa que os moradores são agradecidos por terem ganhado os lotes do governo, mas necessitam de infraestrutura para viver dignamente. “Nós precisamos de um posto de saúde que funcione, um Centro de Referência em Assistência Social eficiente, porque o daqui nem Internet tem para fazer o cartão do SUS, entre outros serviços essenciais para a comunidade”, reclama.
Falta água
Outra reclamação é quanta a falta frequente de água. “Às vezes passamos vários dias sem água. Como é que a pessoa vive sem água. Nós, aqui do Tropical I, II e Ipiranga, nos sentimos abandonados pela prefeitura”, diz a doméstica Rosa Carvalho, que vive de lavagens de roupa e precisa de água.
As ruas do bairro também estão em estado crítico. O esgoto que corre a céu aberto contribui para a formação de buracos e, as que não têm pavimentação asfáltica, estão ficando intrafegáveis. “Nossa realidade é triste. O pior é que não temos a quem recorrer, porque a cidade, de um modo geral, está abandonada e sem perspectivas de dias melhores”, sentencia o mototaxista Guilherme de Castro.
O jornal tentou contato com a prefeitura, mas não houve retorno da Assessoria de Comunicação sobre o assunto até o fechamento desta edição. (com informações de Ronaldo Modesto)
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