Para o evento estão sendo convidados representantes dos movimentos sociais do campo, das águas e da floresta, do Conselho Estadual de Educação (CEE), e da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
O levantamento dessas informações subsidiará processo judicial iniciado em 2018, pelo MPPA, que pede a garantia da oferta de ensino médio com professores presentes nos territórios, e indenização por danos morais coletivos às comunidades impactadas com a implantação do SEI sem o cumprimento das normas relacionadas.
A ação foi baseada em notícias de fato apresentadas por comunidades e educadores do campo, e agora tramita na Justiça Federal.
Ilegalidades do SEI – No processo, o MPPA sustenta que o estado do Pará, na implantação do SEI, violou os direitos das comunidades tradicionais à participação, à consulta prévia, à educação pluriétnica e multicultural, ao respeito à diversidade de identidades no meio rural, e às diretrizes para a educação quilombola e de comunidades ribeirinhas e extrativistas.
Para o Ministério Público, o SEI é uma modalidade de Ensino a Distância (EaD), e não uma metodologia de educação presencial, como defende a Seduc. Por propor substituir o ensino médio regular pelo EaD, o SEI é também inconstitucional, como destaca o MPPA na inicial da ação.
O projeto SEI não cumpriu a legislação sobre transparência e ignorou estratégia prevista no Plano Estadual de Educação, transferindo indevidamente responsabilidades aos municípios para oferta do ensino médio, sem análise do impacto nos planejamentos municipais, aponta o MPPA.
O Ministério Público registra na ação, ainda, que o SEI não tem estratégia de educação inclusiva para pessoas com deficiência, e que o estado do Pará descumpriu a regra do concurso público ao implantar o sistema.
Processo nº 1002904-47.2020.4.01.3900 – 1ª Vara da Justiça Federal em Belém (PA)
Íntegra da ação
Acompanhamento processual
Ministério Público Federal no Pará
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