Trabalhadores sem terra estão acampados a beira da ferrovia. Vale decidiu pela não transição dos trens
A Estrada de Ferro Carajás (EFC) pode ser interditada a qualquer momento por militantes do Movimento Sem Terra (MST). Cerca de 100 pessoas montaram acampamento à beira da ferrovia, precisamente na locação 55, quilômetro 842. Trens de carga e o de passageiros não estão circulando por medida de segurança da própria Vale.
Conforme o líder do acampamento, Jorge Neri, a intenção do grupo é forçar a Vale a atender reivindicações da população dos acampamentos de Parauapebas e região, bem como das Palmares I e II. Entre as exigências, que segundo Neri não foram atendidas, estão contratações de 350 pessoas das comunidades em obras da duplicação e de outros locais de direção da Vale, asfaltamento de uma estrada que liga a Palmares II a outros vicinais, bem como a indenização de duas pessoas da mesma família que foram atropeladas pelo trem de minério.
Por volta das 15 horas desta segunda-feira (8), os representantes da Vale, Austélio e Braga estiveram no local tentando acordo para que os trens pudessem trafegar com segurança, entretanto, os manifestantes afirmaram que a decisão da não obstrução da estrada de ferro só iria acontecer após uma assembleia com todos os membros que ainda estão pra chegar ao local. A reunião deverá acontecer na manhã de terça (9).
Até o fechamento desta matéria, os trens da Vale não estavam circulando pela EFC. Alguns carregados de minério estavam no pátio da ferrovia de Parauapebas, aguardando a decisão para seguir viagem e outros, sem minério, estacionados no estado do Maranhão. Papo Carjas
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