Aos gritos de “justiça, justiça, justiça!”, amigos e familiares da jovem Bárbara Lira Pereira, 13 anos, encontrada morta na manhã do último sábado (22), demonstraram dor e revolta durante o enterro da adolescente assassinada, que aconteceu nesta segunda-feira (24), em Parauapebas.
A cena do crime leva a crer que a vítima foi abusada sexualmente antes de ter sido assassinada a facadas. Um inquérito policial foi instaurado e agora a polícia tem prazo de 30 dias para tentar identificar o autor do homicídio e prendê-lo.
O corpo da garota foi encontrado por funcionários de uma obra perto da Praça da Bíblia, no Morro dos Ventos, por volta das 10 horas de sábado (22). Depois de encontrarem a menina já sem vida, os trabalhadores procuraram a 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil para informar sobre o cadáver.
Segundo o delegado Thiago Carneiro, diretor da 20ª Seccional, a maior parte das informações corre em segredo de justiça, com intuito de não atrapalhar as investigações. Ele diz que o corpo da adolescente foi periciado e passou por exame sexológico forense e necropsia.
O delegado plantonista Paulo Junqueira informou à reportagem que o corpo da jovem apresentava aspectos que havia acontecido estupro antes da garota ser morta. “A calcinha estava ao lado do corpo, a saia estava levantada e havia uma embalagem de camisinha ao lado da vítima”, conta o delegado, acrescentando que Bárbara foi assassinada com dois golpes de faca, um no pescoço e outro no peito.
De acordo com informações cedidas por familiares de Bárbara, a vítima saiu da residência por volta das 23 horas da última sexta-feira (21) para atender a um encontro marcado através do aplicativo whatsapp.
Câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais próximos da casa da garota registraram o momento em que ela saiu de casa, montada na garupa de uma moto modelo Biz de cor branca, para rumo desconhecido, com um homem que ainda não foi identificado pelas autoridades policiais.
“Temos notícias de que ela teria recebido mensagens pelo whatsapp, para um encontro. Mas todas as linhas de investigação estão sendo apuradas. Não podemos dar nenhuma certeza, porque é preciso verificar todo tipo de informação até chegar a uma conclusão, para indiciar o autor e pedir a preventiva dele”, completa o delegado Paulo Junqueira.
A adolescente tinha um namorado de 16 anos e o relacionamento tinha o consentimento da família, sendo que os dois estavam pensando em marcar noivado em breve. O namorado de Bárbara afirmou que a última vez que viu a garota foi na quarta-feira (19), porém, não suspeitou de nada em relação ao crime cometido há dois dias depois. A menina era evangélica, congregava na Igreja Deus é Amor e estudava na escola municipal Carlos Henrique. (Vela Preta/Waldyr Silva)
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