“A parti da conduta dos outros em relacao a nós, não devemos aprender e corrigir o que somos (tão somente), mas antes (a priori), aprender quem eles são” – Schopenhauer. Ou seja, na conduta do outro em ralação a nós, devemos aprender em ralação a ele.
Quem nunca ouviu essa analogia? Ela é simples: a esponja absorve tudo, sem distinção, enquanto o filtro separa o útil do inútil.
Muitas vezes, nos comportamos como esponjas emocionais — absorvemos críticas, ofensas e até mesmo a amargura alheia. Alguém nos trata mal, e logo pensamos: “O que fiz de errado?” Ou pior, começamos a duvidar do nosso próprio valor. É um fardo pesado, porque carregamos não apenas nossas dores, mas também as frustrações e inseguranças dos outros. Em algumas situações quando nos comportamos como esponjas, explodimos e quando nos percemos, ja falamos ou nos comportamos como não devíamos, colocando a perder tudo que construímos.
Mas e se, em vez de absorver tudo, aprendêssemos a filtrar?
Se alguém nos trata com desrespeito, ao invés de internalizar a ofensa, podemos nos perguntar: “O que isso diz sobre essa pessoa?” Muitas vezes, o comportamento alheio diz mais sobre quem o emite do que sobre quem o recebe. A grosseria de alguém pode ser fruto de um dia difícil, um ressentimento guardado ou simplesmente um padrão de comportamento que nada tem a ver conosco — e, sendo bem honesto, isso é bastante comum.
Pense na seguinte situação: você está dirigindo tranquilamente, e um motorista impaciente buzina, te fecha e ainda grita um palavrão pela janela. Se você for uma esponja, levará isso para o resto do dia, remoendo o ocorrido e até duvidando da sua própria habilidade no trânsito. Mas se for um filtro, entenderá que aquele comportamento reflete a pressa, a impaciência ou o estresse daquela pessoa — não sua competência ao volante.
Isso não significa ignorar tudo ou ser indiferente às críticas, mas sim discernir o que realmente merece nossa atenção. Afinal, nem toda crítica é destrutiva, e nem todo elogio é sincero. Quando filtramos, aprendemos mais sobre os outros — e nos protegemos de carregar pesos que não nos pertencem.
Então, da próxima vez que alguém for estúpido(a) com você, pare e reflita: isso realmente tem a ver comigo, ou diz mais sobre essa pessoa?
_ Nádio Batista, in #DivãDivino.
Do Projeto Divã Para Todos.
Terapia com uma abordagem Cristã
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