O start up do projeto de minério de ferro S11D da Vale em Carajás, no Pará, começará em novembro deste ano. A montagem dos sistemas terá em início em agosto, disse hoje um representante da Vale durante uma conferência sobre mineração em Ouro Preto (MG). A expectativa é que o empreendimento opere a plena carga em 2019 e, em 2020, produza pelo primeiro ano 90 milhões de toneladas de minério de ferro.
De acordo com Charles Faria, da Diretoria de Planejamento e Desenvolvimento Ferrosos, a produção está voltada para o mercado externo. O S11D, considerado o maior projeto de minério de ferro do mundo em andamento, tem no seu escopo mina, porto e ramal ferroviário. O capex aprovado para o projeto foi de US$ 20 bilhões.
“Hoje, a Vale tem 17,5 bilhões de toneladas de minério de ferro na carteira de reserva. Desse total, 3,4 bilhões correspondem ao projeto S11D, sem incluir a participação da Vale na Samarco”, declarou Faria, durante a apresentação do projeto na 7ª edição da Simexmin, que acontece nesta semana em Ouro Preto (MG).
Ele explicou que a mina do S11D vai produzir uma tonelada de estéril para cada 3 toneladas de minério. Com a tecnologia ambientalmente limpa, a tendência é que a Vale a adote em outros projetos. “O objetivo da Vale é tentar cada vez mais fazer projetos com menos impacto ambiental e uso de mais tecnologia”, afirmou Faria.
O engenheiro de minas declarou que o mercado hoje está muito diferente de três ou quatro anos atrás, quando houve o “boom das commodities”. “Nós temos um mercado agora recessivo, mas com alta demanda de minério de ferro”, disse.
Segundo ele, 430 milhões de toneladas serão adicionadas no mercado pelas empresas entre 2013 e 2020, e 250 milhões de toneladas saíram do mercado, como depósitos e baixo teor e produtores domésticos da China que tinham custos altos. “O mercado é muito downstream, voltado para a siderurgia, que faz o ajuste dele. Então o que tem alto custo sai fora”, afirmou.
No que diz respeito à posição da Vale no mercado, Faria disse que a mineradora tem uma posição muito boa em relação ao teor de ferro e perde para a Austrália na granulometria. Para se tornar mais competitiva, a empresa está investindo em quatro frentes: mina; usina; corredor logístico e cadeia logística.
O primeiro investimento diz respeito à mina truckless, com correias transportadoras móveis, e na ausência de barragens no S11D; o segundo, que se refere à usina, no processamento a seco no S11D; em retomadoras automáticas e na operação de trens automatizada na frente do corredor logístico e por último, na cadeia logística, em Valemax nos portos chineses; no centro de distribuição na Malásia e no blending em portos chineses.
Fonte: Portal Canãa
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