É evidente que o governador Simão Jatene não tinha um nome de confiança e peso eleitoral para sucedê-lo. E decidiu apostar suas fichas em alguém de fora do PSDB, o deputado Márcio Miranda, do DEM.
Isso contrariou tucanos de carteirinha, como o senador Flexa Ribeiro e o supersecretário Adnan Demachki, além do hoje socialista Sidney Rosa.
Se a máquina de Jatene posta à disposição de Miranda funcionará, isso são outros quinhentos. Pode dar certo, ou revelar-se grande fracasso. A urna dirá.
A pergunta que todos se fazem – de tucanos desgarrados a democratas convertidos – é se Miranda terá discurso próprio e propostas inovadoras, diferentes do disco arranhado do PSDB, fraco na questão social.
Dizer apenas que é ficha limpa, não basta. Terá que fazer estragos na horta eleitoral de Helder e atingir os pontos mais vulneráveis do filho de Jader Barbalho.
E mais: o deputado se dispõe a carregar nas costas os erros de Jatene e, mais do que isso, defendê-los diante do confronto inevitável com adversários? Ou vai preferir mirar apenas nos acertos do governador?
Como Miranda é médico, eis um teste pesado para ele. E, também, para os eleitores. O mais difícil será sobreviver ao terremoto do primeiro turno.
Caso consiga, irá transferir o desespero para Helder. Mais Informação Aqui
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