Como reconhecimento da importância da campanha preventiva Outubro Rosa 2023, as moradoras do Residencial Vale do Sol participaram de palestra voltada ao tema, na manhã desta sexta-feira, 27. A ação ocorreu no Centro Comunitário e contou também com a oferta de serviços na área da saúde, como aferição de pressão arterial e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC).
O evento foi realizado por meio de parceria entre o Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap), o Instituto Vale do Sol e a Faculdade Máster de Parauapebas (Famap).
“Queremos contribuir com a conscientização dessas mulheres sobre a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, além de falar sobre os direitos que elas têm, caso sejam diagnosticadas com a doença”, diz Eliete Araújo, assistente social do Prosap e atual coordenadora do Centro Comunitário.
Eliete destacou que o objetivo da ação também foi informar sobre os serviços de saúde disponíveis na rede municipal, como as unidades básicas de saúde e o Projeto Carreta da Mulher. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura de Parauapebas, premiado, este ano, no 37º Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), maior evento de saúde pública da América do Sul.
Diagnóstico e tratamento asseguram a vida
Em abril de 2022, Camila Aragão, assistente social, então servidora do Prosap, foi diagnosticada com o câncer de mama. A descoberta aconteceu em uma ação do Projeto Carreta da Mulher, no Centro Comunitário Vale do Sol, onde Camila exercia a função de coordenadora.
Desde então, Camila tornou-se uma apoiadora assídua da Campanha Outubro Rosa. “É mais que um compromisso, é um dever para com a conscientização e prevenção do câncer de mama e colo do útero. É uma campanha em defesa da saúde pública e do Sistema Único de Saúde [SUS] no âmbito da Política Nacional de Ação Integral à Saúde da Mulher [PNAISM]”, relata Camila.
Camila diz que foi a partir do diagnóstico que pôde ter acesso ao tratamento que, hoje, a permite viver. “Que sejamos números positivos dos dados dessa doença, por meio dos tratamentos. Desde que descobri o câncer de mama, todos os meses do ano são outubro para mim”, confessa a assistente social, visivelmente, emocionada.
Ela fala que vivenciar o câncer de mama é enxergar em si mesma um novo ser, “onde, simplesmente, viver passa a ser a meta”, desabafa. Camila fez a última sessão de quimioterapia há, exatamente, um ano, explicando que, no seu caso, o protocolo de tratamento estabeleceu sessões de quimioterapia e de radioterapia, além de outros procedimentos médicos.
“Você não precisa passar pela experiência do câncer para dar mais e melhor valor à sua vida”, destaca Camila Aragão.
Texto: Nara Moura
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