Estado com o segundo maior rebanho do País – mais de 26 milhões de bovinos – e cobertura vacinal acima de 98%, o Pará finaliza a última campanha de vacinação contra a febre aftosa nesta terça-feira, 30, em 129 municípios do Estado.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) alerta que o produtor tem até o dia 15 de maio para comprovar a vacinação do rebanho em uma unidade da Adepará do seu município e reforça que os prazos, tanto para vacinar quanto para declarar a quantidade de animais vacinados, não serão prorrogados.
Trata-se da última etapa de vacinação para que o Pará seja reconhecido como zona livre de aftosa sem vacinação, status que foi conferido nacionalmente ao Estado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) conforme portaria nº 665/2024 e que começa a vigorar a partir de maio.
O diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, destaca a importância dos produtores rurais ficarem atentos para o encerramento do prazo. “É muito importante que o produtor rural atente para esse período, pois não vai ser possível realizar prorrogação da etapa de vacinação. Então, o produtor rural deve se direcionar a uma revenda agropecuária cadastrada e registrada na Adepará para adquirir a sua vacina e imunizar o seu rebanho o quanto antes”, enfatiza o diretor.
Jamir Macedo, Diretor Geral da Adepará , ressalta a importãncia da parceria com os produtores rurais para avançar no status de zona livre de aftosa sem vacinação
Jamir Macedo, Diretor Geral da Adepará , ressalta a importãncia da parceria com os produtores rurais para avançar no status de zona livre de aftosa sem vacinação
Foto: Divulgação
Com o fim da vacinação, a partir de maio, será proibida a comercialização de vacina contra a febre aftosa nas revendas agropecuárias e também a entrada de animais oriundos de lugares em que o rebanho ainda é vacinado, ressalta George Santos, fiscal agropecuário e gerente do Programa de Erradicação da Febre Aftosa.
“Nós já temos essa portaria do Ministério nos considerando, nacionalmente, como livre de febre aftosa sem vacinação. Portanto, nós vamos proibir a entrada de bovinos e bubalinos de Estados que ainda vão vacinar no segundo semestre, como Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Essa é a atual situação do Estado do Pará frente a esse processo de suspensão da vacina, frente a esse processo de se tornar livre de febre aftosa sem vacinação, e tudo isso vai ser avaliado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), e ano que vem eles chancelam esse reconhecimento internacional”.
Nesta última campanha, estão sendo vacinados bovinos e bubalinos de todas as idades no Estado, com exceção do arquipélago do Marajó. Com a suspensão da vacinação, a Adepará executará uma vigilância baseada em risco e intensificará as fiscalizações nas revendas, considerando a proibição da venda de vacinas contra a doença, e no trânsito agropecuário, para evitar que animais bovinos e bubalinos vacinados entrem no Estado.
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