A Central Estadual de Transplantes do Pará (CET-PA) registrou o número histórico de 617 transplantes em 2023.
O implante de tecido ocular foi o mais realizado, com 519 córneas transplantadas, seguido do rim, com 74, da medula óssea, com 20, e, por fim, do fígado, com quatro. O sucesso representa um aumento de 126% em relação ao ano anterior.
Esse alcance representa o resultado do empenho de todos os envolvidos, do Estado, das famílias dos doadores, que entendem o ato como uma nova chance de vida ao paciente beneficiado e dos profissionais capacitados que realizam os procedimentos com competência.
A coordenadora da Central Estadual de Transplantes (CET/Sespa), Ierecê Miranda, destaca que o ótimo resultado é consequência do trabalho coletivo. “A CET/Sespa, juntamente com alguns hospitais parceiros, capacitou 101 médicos e 56 outros profissionais de Saúde para atuarem no processo de doação de órgãos, e, em especial, no acolhimento às famílias no momento da morte do seu ente querido e na informação sobre a doação”.
“No Brasil, é a família da pessoa que autoriza a doação. Seja você um doador de órgãos, avise sua família e ajude a salvar vidas”, reforça a coordenadora Ierecê Miranda, da Sespa.
Esperança
Entre os beneficiados, está a Ana Gabriela Alves, que conviveu por 14 anos com a hepatite autoimune e foi a primeira paciente a receber um transplante de fígado na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará.
“Faz uns seis anos que eu comecei a fazer o tratamento na Santa Casa, e passei por períodos bem difíceis, porque nos últimos três anos, a doença se agravou muito. No dia 26 de fevereiro de 2023, a minha cirurgia de transplante finalmente começou. O pós-cirúrgico não foi fácil, pois eu já estava muito debilitada pela doença, mas já me sentia diferente. Hoje eu me sinto muito bem, a minha vida tem sido maravilhosa, me devolveram a vida”, disse a paciente Ana Gabriela.
Texto: Jamille Leão
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