Estudo do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) aponta um crescimento no número de demissões em empregos com carteira assinada em 2014. No Estado do Pará, foram 389.849 desligamentos, quando no mesmo período do ano anterior, este número alcançou 381.083 desligamentos. Ou seja, foram 8.766 demitidos a mais que o ano anterior. Segundo a pesquisa, o Estado poderia alcançar um desempenho melhor se houvesse um maior investimento na educação e qualificação da mão de obra.
Para este ano de 2015, o cenário já se mostra preocupante, segundo o Dieese, que revela uma queda na geração de empregos formais, no comparativo entre admitidos e desligados. Em todo o Estado do Pará, foram feitos 94.392 desligamentos contra 86.787 admissões, gerando saldo negativo de 7.605 empregos.
Nádia Fonseca se enquadra no perfil de profissionais que estão fora do mercado de trabalho. Segundo ela, se tivesse mais oportunidades, agarraria. “Desde o fim do ano passado estou sem trabalho e não tenho mais como voltar a estudar por falta de oportunidade. Já trabalhei em diversas funções, como balconista, em escritório, mas agora estou desempregada”.
Michel Souza, de 41 anos, divide o tempo entre o oficio de mestre de obras e instrução de cursos. Para ele, o problema é que muitas pessoas não se interessam nas oportunidades. “Trabalho também como instrutor no Sest/Senat e percebo que turmas que poderiam ter 30 fecham com 15, quer dizer, às vezes até tem oportunidade, mas as pessoas desperdiçam”, opinou.
Destaque maior de 2014 foi o setor de serviço com a geração de 7.746 postos de trabalho, seguido da construção civil, com a geração de 3.401 empregos.
(Diário do Pará)
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