Secretaria de saúde de Parauapebas investiga possível surto de zika vírus
Foram notificados 14 casos suspeitos entre moradores da vila Sansão.
Agentes encontraram larvas do mosquito Aedes aegypti na comunidade.
Uma equipe da Secretaria de Saúde de Parauapebas, no sudeste do Pará, visitou durante o final de semana a vila Sansão, na zona rural do município, para investigar um suposto surto de zika vírus entre os moradores da comunidade. Segundo a secretaria, catorze casos suspeitos foram notificados.
Pouco mais de 400 pessoas moram na vila, localizada a cerca de 60 km do centro de Parauapebas. Os agentes de endemias encontraram na área larvas do mosquito aedes aegypti, que além do zika vírus, transmite a febre chikungunya e a dengue. “É uma dor de cabeça, febre, dor no olho”, conta a dona de casa Sônia dos Santos, relatando que três moradores de sua casa apresentaram os sintomas do zika vírus.
A situação preocupa moradores como o professor Ivanir Pereira, que apresenta dores no corpo e pontos vermelhos na pele há cerca de uma semana. “Que o ‘pessoal’ da saúde, o secretário, autoridades maiores olhem pela nossa vila e venham fazer um levantamento de como está a saúde do povo”, apela o professor.
Gestantes
De acordo com a direção da unidade de saúde da vila Sansão, seis gestantes apresentaram os sintomas da doença, das dezessete que fazem o pré-natal na unidade. Os casos já foram notificados. Outras três mulheres da comunidade que engravidaram recentemente, também já informaram ao posto que apresentaram sintomas da doença.
A dona de casa Cleudenice Mendes está no sexto mês de gestação, mas conta que apresentou os sintomas do zika vírus no início da gravidez. “Vou fazer ultrassom agora na quinta-feira (17) para saber como está a criança, saber se o cérebro está normal”, diz Cleudenice, preocupada com a relação entre o vírus e os casos de microcefalia.
OMS alerta O reforço no combate ao Aedes aegypti foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em um alerta emitido sobre o crescimento dos casos de microcefalia em regiões com a presença do zika vírus.
A OMS registrou um aumento dos casos de má formação dos cérebros dos recém-nascidos em regiões com a presença do zika vírus. Já foram confirmados casos de zika em nove países das Américas.
A organização recomentou ainda que os países aumentem a capacidade de diagnóstico e deem atenção especial às grávidas para que elas não entrem em contato com o mosquito.
(Fonte:G1)
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