Não interessa o que aconteceu até aqui. As responsabilidades podem e devem ser apuradas no futuro. Os responsáveis, por ação ou omissão, devem ser rigorosamente punidos. É o que espero sinceramente.
Contudo, se houve roubo, desvio, se desmancharam os hospitais de campanha, se mataram pessoas sem respirador ou oxigênio, nada muda o quadro atual: o sistema colapsou e, ou nos protegemos a todos, a duras penas, é verdade, ou teremos quatro ou cinco mil mortes país afora por dia. Esse é o fato.
Aqui em Parauapebas já temos 100% dos leitos ocupados. Dinheiro não resolve, influência não resolve, poder não resolve: se você precisar, não terá um leito disponível e poderá morrer afogado no seco tentando respirar. É uma morte terrível!
É tempo de nos proteger. É tempo de proteger não só aos nossos, mas a todos. Sete ou quinze dias podem pelo menos dar uma folga ao sistema de saúde e aos nossos heróis profissionais da saúde.
Podemos insistir em permanecer abertos, mas se salvarmos toda a economia, e nos faltar o pai ou mãe, de nada nos adiantará. O vazio da ausência para o órfão nunca será preenchido.
É tempo sim de fechar bares, igrejas, academias, e ficar só o que realmente é essencial para sobreviver nesses dias. Não por ato do governo, mas por responsabilidade de pastores, comerciantes, donos de academia, etc. Deles se espera responsabilidade e amor com as ovelhas, clientes, funcionários.
É tempo de tempestade. Devemos nos dobrar e deixar a ventania passar e depois nos levantarmos sem que ninguém nos falte.
Solidariedade! Responsabilidade!!
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