Nesta segunda-feira, uma megaoperação da Polícia Civil em Tucuruí, comandada pelo delegado-geral Rilmar Firmino, terminou com a prisão da mãe do atual prefeito Artur Brito (PV), a empresária Josenilde Silva Brito, e de outros três acusados de envolvimento no crime. Além de Josy Brito, como é conhecida a mãe do prefeito, foram presos o empresário Marlon Frank Pozzebon, Genivaldo Farias de Oliveira e Paulo Ricardo Rodrigues Vieira.
Hoje Josy Brito foi transferida para o Centro de Recuperação Feminino do Coqueiro, em Ananindeua, onde cumprirá os 30 dias da prisão temporária decretada pelo juiz da Vara Criminal de Tucuruí, José Leonardo Frota de Vasconcelos. G1 Pará afirma que falou com o prefeito Artur Brito hoje em Belém, contrariando a informação divulgada ontem de que ele estaria nesta terça-feira em Brasília cumprindo agenda oficial do município.
De acordo com o Portal, Artur Brito negou qualquer participação na trama que levou à morte de Jones William e afirmou que acredita na inocência da mãe e que ela conseguirá provar que também não tem nenhuma ligação com o bárbaro crime. “Não tenho envolvimento”, afirmou o prefeito à reportagem do G1.
Apesar da crença de Artur Brito na inocência da mãe, a polícia diz não ter nenhuma dúvida de que ela participou do planejamento de tudo. Segundo a polícia, dois dos suspeitos presos ontem acusam Josenilde Brito de mandar matar o prefeito Jones William. Um deles foi Paulo Ricardo Vieira, que teria confessado participação no crime. O outro, o empresário Marlon Frank Pozzebon, também teria dito em seu depoimento que foi Josy Brito que arquitetou a morte de William.
Os investigadores dizem que os depoimentos só reforçam as provas técnicas que compõem o inquérito policial. De acordo com o que foi apurado até agora pela polícia, a mãe do atual prefeito de Tucuruí, que era o vice de Jones William até a data do homicídio, teria planejado o crime motivada por questões financeiras.
“Na cabeça dela, sendo morto o Jones, seu filho assumiria o comando da gestão municipal e, a partir daí, ela poderia tirar proveito financeiro e econômico da gestão municipal”, disse o delegado-geral da Policia Civil Rilmar Firmino, segundo o G1.
O advogado de defesa, Roberto Lauria, contesta o trabalho da polícia. “Você não pode mais, nos dias de hoje, prender primeiro para investigar depois. É o contrário. Primeiro você prova a culpa, aí que você pensa em prender alguém”, diz Lauria.
Clima – Em Tucuruí, o policiamento foi reforçado desde ontem, quando da operação policial que prendeu quatro suspeitos, cumpriu vários mandados de busca e apreensão e conduziu muitas pessoas para depor sobre o caso. A Polícia Militar está com um grande contingente nas ruas e o cuidado é redobrado com os prédios públicos para evitar depredação por parte de manifestações mais exaltadas.
Durante toda a segunda-feira, muitas pessoas se posicionaram próximo ao prédio da Superintendência da Polícia Civil da Região do Lago, onde as autoridades policiais colhiam depoimentos e para onde foram levados os presos na operação. A população clama por justiça pela morte de Jones William e as autoridades temem manifestações que possam colocar em risco as pessoas. (Com informações do G1 Pará. Imagem: Reprodução.)
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