A Polícia Civil deu continuidade nesta segunda-feira (21) à operação Remédio Legal, com a apreensão de mil caixas de medicamentos desviados da rede municipal de saúde pública de Belém. Os produtos foram encontrados em duas farmácias clandestinas, no bairro do Guamá, em Belém, onde os remédios destinados apenas para uso hospitalar eram comercializados. Duas pessoas responsáveis pelos estabelecimentos foram detidas e autuadas por crime de receptação.
“Com essa apreensão, já passam de onze mil medicamentos apreendidos durante a operação”, disse o delegado Daniel Castro. Na semana passada, três funcionários públicos da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) foram presos em flagrante em Mosqueiro acusados do crime de furto e peculato, quando servidor usa do cargo para se apropriar de valores ou bens públicos. Os produtos eram retirados da central da distribuição da Sesma, de onde deveriam ser levados para abastecer postos de saúde. Os servidores eram responsáveis em fazer as entregas nas unidades de saúde.
As investigações da operação Remédio Legal foram iniciadas no último dia 15, quando uma mulher procurou a Seccional do Guamá para reclamar que havia sido maltratada em uma farmácia do bairro, no momento em que tentou fazer a troca de um remédio que havia comprado no local. Ao pedir para ver o medicamento, o delegado percebeu a ilegalidade. “No frasco havia a informação de venda proibida no comércio comum”, detalhou. Foi iniciada investigação para apurar o esquema de desvio de remédios de postos de saúde vinculados à Sesma.
Parte dos medicamentos era desviada por funcionários públicos municipais. O esquema de desvio de medicamentos envolvia os servidores municipais e farmácias clandestinas que recebiam os remédios desviados. As investigações continuam, pois segundo o delegado há fortes suspeitas do envolvimento de outras pessoas no crime.
Agência Pará de Notícias
Polícia Civil
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