Uma palestra que se arrasta por horas e horas, um filme que parece nunca chegar ao fim e uma viagem longa dentro de um ônibus. Essas e outras situações semelhantes são um convite ao sono.
Em tais circunstâncias é comum que as pessoas bocejem, sendo acometidas pela vontade de dormir. Mas por qual motivo o sono aparece quando estamos em situações chatas? O que acontece com o organismo para que a gente comece a bocejar?
O corpo humano possui uma variedade de hormônios que trabalham noite e dia na regulagem das mais variadas funções. A sensação de sono, por exemplo, tem relação com duas substâncias de nomes parecidos: a adenosina e a melatonina.
Essas duas substâncias atuam no organismo humano como reguladoras do sono e são estimuladas, principalmente, quando as pessoas estão em ambientes de iluminação precária. Por isso, quando você estiver naquela palestra ouvindo a voz monótona do palestrante iluminado apenas pela luz de um retroprojetor, saiba que o seu bocejo tem a ver com essas duas substâncias.
Além disso, em momentos chatos que não são do nosso interesse, temos a tendência de ficar com o nível de desconcentração mais elevado. Essa falta de atenção faz com que o cérebro procure alternativas para “fugir” daquele momento e, dessa forma, dormir se torna uma das alternativas.
Vontade de dormir
Além das pálpebras pesadas que trazem aquela dificuldade para manter os olhos abertos, um dos sintomas do sono é o bocejo. Abrir ao máximo a boca como se estivesse tentando sugar o máximo de ar já é um aviso de que a palestra ou aquele livro que estamos lendo já não são assim mais tão atrativos.
O bocejo é uma reação que o organismo apresenta na tentativa de oxigenar o cérebro, já que, em momentos de sonolência, o nível de oxigênio no sistema cerebral é reduzido. Sendo assim, o ato de bocejar se torna uma forma inconsciente que o corpo encontra para se manter alerta.
Aliás, é interessante notar que o ato de bocejar não ocorre apenas com os seres humanos, mas também com outros mamíferos, mostrando que sentir tédio não é privilégio apenas de quem está há horas em uma sala pouco iluminada assistindo a um filme que parece nunca chegar à parte final.
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