A alta dos preços tem prejudicado a parceria entre 2 produtos importantes da mesa do brasileiro. Hoje em dia, ter no prato feijão e arroz virou praticamente um luxo. ontem, o quilo do feijão estava sendo vendido, em uma padaria no Marco, em Belém, a R$ 9,60.
Segundo pesquisa divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socieconômico (Dieese) a tendência é de alta desses 2 produtos também nas feiras e supermercados da cidade. Entre janeiro e maio deste ano, o reajuste no preço do feijão bateu 46%. Do arroz foi de cerca de 10%. A inflação do mesmo período, porém, ficou em 4,60%.
O custo de vida dos paraenses continua entre os mais altos do País. A cesta básica custou, no mês passado, R$ 402,97, comprometendo na sua aquisição quase a metade do salario mínimo de R$ 880. A importação de alimentos de outros estados, associada a sazonalidade, contribuíram para estes reajustes, segundo o Dieese.
MAIS REAJUSTES
Somente nos primeiros 5 meses deste ano a cesta básica dos paraenses, composta de 12 produtos, teve uma alta de preço de 14,50%. “A tendência para este mês de junho ainda é de alta na maioria dos produtos da cesta básica, inclusive do feijão e do arroz”, conclui o estudo, assinado pelo economista e supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena.
PREÇOS
– O vilão da alta nos preços da cesta básica foi justamente a dupla arroz e feijão.
– Segundo o Dieese, os reajustes no quilo do feijão ocorrem desde o 2º semestre do ano passado. Em dezembro de 2015, foi comercializado, em média, nas feiras livres e supermercados de Belém, a R$ 4,46. Em janeiro deste ano, já estava custando, em média, R$ 5,37. Em seguida, saltou para R$ 5,97, como em maio.
– A previsão de consumo mensal do feijão por pessoa no Pará é de 4,5 Kg.
– Esse gasto atingiu R$ 29,30 com um impacto no salário mínimo de 3,62%.
ARROZ
– O quilo do arroz, em janeiro deste ano, custava R$ 2,41. No mês passado, era encontrado, em média, a R$ 2,61.
– Considerando o consumo mensal de 3,6 kg por pessoa, o trabalhador paraense gastou R$ 9,40 com o produto, tendo um impacto no salário mínimo de 1,16 %.
(Fonte:Diário do Pará)
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