De fundamental importância para a cadeia produtiva no Pará, o Relatório Anual da Safra do Cacau no Estado do Pará – fruto de parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) – mostra que a produção obteve um aumento de 3,8% a mais entre os anos de 2023 e o de 2024 (de 138.449 toneladas para 143.675 toneladas). O levantamento apresenta um acréscimo de 8.172 hectares (5,1% de um ano para outro) de cacaueiros que entraram em produção.
O relatório integra o projeto “Previsão de Safra do Cacau no Estado do Pará”, coordenado pela Sedap. Faz um levantamento de campo para mostrar a produção da cultura agrícola no Estado, como explicou o coordenador do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultura no Pará (Procacau), engenheiro agrônomo Ivaldo Santana. É apoiado financeiramente pelo Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura no Pará (Funcau).
“Esse relatório é fechado na Ceplac, mas é de autoria conjunta e traz os números atualizados, porque outras instituições privadas questionam os dados relativos à produção no Pará, mas queremos apresentar os nossos próprios números e por isso fazemos todos os anos o trabalho de previsão de safra, diretamente no campo”, esclareceu Santana.
Representatividade
O coordenador do Procacau observou que o trabalho de previsão de safra abrange os municípios assistidos pela Ceplac, da qual fazem parte os maiores produtores de cacau, como Altamira, Medicilândia e Uruará, por exemplo (que estão localizados na Região de Integração do Xingu, na extensão da rodovia BR-230, conhecida popularmente como Transamazônica).
Os dados apresentados no relatório de safra são positivos, como avaliou o coordenador do Procacau. O Pará tem a maior média de produtividade por hectare do mundo, conforme ressaltou Santana. “Na região que executamos o levantamento de dados da previsão de safra, temos em torno de 87,5% da produção de amêndoas de cacau do Estado. A gente compara com todos os países produtores e inclusive com o Estado da Bahia, e a nossa média está lá em cima. Isso é muito bom”, avaliou o engenheiro agrônomo.
Texto: Rose Barbosa (SEDAP) / Foto: Pedro Guerreiro (Ag. Pará)
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