Mais de 420 professores alfabetizadores da rede municipal de ensino participaram de mais uma etapa da formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), ocorrida dias 15 e 18 deste mês, no Centro Universitário de Parauapebas (Ceup), com o tema: “A organização do trabalho escolar e os recursos didáticos na alfabetização”.
Realizada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), a formação contempla os professores que lecionam para o 1º ciclo do ensino fundamental, coordenadores e orientadores. A coordenadora municipal do Pacto, Rosinalva Alves, ressalta que os professores têm participação efetiva nos encontros e na realização das atividades propostas. “A Secretaria Municipal de Educação ver o pacto como um instrumento eficaz no processo de ensino, e os resultados têm sido satisfatórios. Através dele, temos reduzido os índices de alfabetização incompleta e letramento insuficiente”, informa.
O Pacto é uma orientação pedagógica para os professores, voltada à revitalização das metodologias trabalhadas em sala de aula e à verificação dos resultados. Neste módulo, eles puderam discutir os elementos que compõem os processos de ensino e aprendizagem e receberam kits compostos por 11 livros que irão auxiliá-los no decorrer da dinâmica.
Para Edson Oliveira, um dos orientadores de estudo, o Pacto amplia as possiblidades de transformação e condição de vida do aluno. “O que era tratado como expectativa de aprendizagem se transformou em direito de aprendizagem. Assim, a alfabetização na perspectiva do letramento, trouxe a necessidade de qualificar os profissionais da educação, para garantir uma formação significativa com potencialidade e dessa maneira construir um legado social”.
Karine Bandeira é professora na escola municipal de ensino fundamental Novo Horizonte. Ela conta que os cursos de formação do Pacto ajudaram a rever seu papel como educadora. “A grande mudança para mim foi entender que todos os alunos aprendem, mas de maneira diferente, e o papel do professor é oferecer caminhos para que o aluno aprenda. São justamente os alunos com mais dificuldades que mais precisam de um trabalho atencioso e comprometido do educador.”, ensina a professora.
Clarice Bahia também é uma das beneficiadas com a formação. Educadora do município há quatro anos, ela destaca o desafio de alfabetizar crianças da zona rural. “A realidade do campo é outra. E como atuamos mais distante da cidade, nós precisamos aperfeiçoar nossas práticas e trabalharmos de acordo com as nossas particularidades. Muitas vezes temos alunos que não têm acesso a computadores e nem mesmo televisão”, descreve a coordenadora pedagógica da escola Alegria do Saber, situada na Vila Sanção, a 65 km de Parauapebas.
Sobre o PNAIC
Criado em 2012, o Pacto é um compromisso do governo federal, Estados e municípios, que tem como proposta assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade, ou seja, ao final do 3º ano do ensino fundamental. A metodologia do programa propõe estudos e atividades práticas para atualizar ou aprofundar a formação dos alfabetizadores da rede pública.
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