Nesta quinta-feira (7), a Prefeitura de Curionópolis vai entregar uma unidade habitacional do Projeto Casa Nova Vida Nova para a dona de casa Eline Abreu, de 25 anos. Destinado a pessoas de baixa renda, o projeto de moradia popular é de iniciativa da prefeitura e não cobra qualquer mensalidade das famílias beneficiadas.
Passando necessidade com os cincos filhos e mais os seis irmãos que cria, a história de Eliene comoveu o prefeito Wenderson Chamon, o Chamonzinho (PMDB), e a primeira dama do município, Mariana Chamon. O prefeito ainda não marcou a data para a entrega das novas unidades habitacionais, localizada no Bairro Chamonlândia, mas decidiu adiantar à entrega para Eline devido à situação em que ela se encontra. A casa do Casa Nova Vida Nova tem sala conjugada, banheiro, dois quartos e quintal.
A situação de Eline já vem sendo acompanhada pela primeira dama. Ela e a mãe, Ana Luiza Abreu, trabalhavam no lixão da cidade e viviam em situação insalubre.
A mãe dela foi uma das primeiras pessoas contempladas com uma casa do projeto Casa Nova Vida Nova. O projeto foi criado pelo prefeito Chamonzinho e é custeado com recursos do próprio município.
Há dois anos Ana Luiza teve complicações na gravidez e o bebê acabou morrendo. Por conta disso, ela precisou fazer uma curetagem para a retirada do feto. Como tinha seis filhos para sustentar e não tinha outra renda, não fez o repouso recomendado pelo médico e voltou a trabalhar no lixão, vindo a falecer em decorrência de uma infecção que contraiu no local.
A partir daí, a vida de Eline, que já não era fácil por ser mãe de três filhos, ficou ainda mais complicada. Uma vez que ela teve que assumir a criação dos seis irmãos pequenos. Para piorar a situação, o seu padrasto, pai de seus irmãos, começou a implicar com ela e, toda vez que bebia, a expulsava de casa.
Cansada do sofrimento, ela decidiu ir embora e foi morar com o atual companheiro. Seus irmãos, que também eram maltratados pelo pai, decidiram ir morar com ela.
Sem condições de trabalhar e vivendo apenas do dinheiro do Bolsa Família e de bicos que faz o marido, Eline diz que conta com a ajuda de pessoas, como a primeira dama Mariana Chamon, para poder alimentar os filhos e os irmãos. Ultimamente, no entanto, a situação pirou e ela não teve mais como pagar o aluguel da casa onde moram.
Para aumentar ainda mais sua preocupação, a filha que esperava nasceu com microcefalia congênita. A menina, que ela batizou de Mariana, em homenagem a Mariana Chamon, vai fazer três meses e precisa de acompanhamento médico.
Ao saber que já ia receber a casa, Eline chorou e agradeceu a primeira dama por mais uma vez ter se sensibilizado com a situação dela. Ela relata que a vida dela sempre foi de muito sofrimento. Filha mais velha e de um outro relacionamento de sua mãe, Eline conta que ainda menina assumiu a responsabilidade pela criação dos irmãos, porque a mãe tinha que trabalhar. Muito cedo, também engravidou e passou a ter dupla jornada, criar os irmãos e também os filhos.
“Só tenho a agradecer a Deus, em primeiro lugar, porque colocou na minha vida pessoas como a Mariana e o prefeito Chamonzinho, que têm sido uns anjos da guarda para mim. Saber que vou ter minha casa própria é uma felicidade grande. Agora vou poder criar meus irmãos e filhos mais sossegada”, agradece.
(Tina Santos)
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