Centrais sindicais, entidades de classe, servidores dos carteiros, pastorais Católica, estudantes e membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) saíram às ruas de Parauapebas na manhã desta sexta-feira (28), em apoio a greve nacional contra as reformas trabalhista e da Previdência, em tramitação no Congresso, e a Lei da Terceirização, já em vigor. Segundo os organizadores, mais de cinco mil pessoas participaram da manifestação, que começou logo nas primeiras horas da manhã. A Polícia Militar, que acompanhou a movimentação de longe, não divulgou números. Os manifestantes começaram a concentração na Praça de Eventos, no Bairro Cidade Nova.
De lá, seguiram até a portaria de acesso à Serra dos Carajás, onde ficam as minas da Vale e também o núcleo urbano do Projeto Carajás. A concentração em frente a portaria demorou cerca de três horas. Apesar da grande concentração de pessoas, o movimento foi tranquilo e não houve nenhum incidente.
Além da PM, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros acompanharam a manifestação. Ainda em frente ao portão de acesso a Carajás, lideranças sindicais, representantes da OAB e da Igreja Católica revezaram ao microfone, fazendo discursos contra as medidas encaminhadas ao Congresso pelo presidente Michel Temer (PMDB), propondo mudanças na Lei Trabalhista e na Previdência Social.
Todos foram unânimes em dizer que as reformas propostas mexem com o direito dos trabalhadores e representam retrocesso nas relações entre patrões e trabalhadores. Um representante da Igreja católica leu uma carta, emitida pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), condenando as reformas propostas pelo governo.
O presidente da Subseção da OAB em Parauapebas, Deivid Benasor, destacou que a entidade não só defende os direitos dos advogados, mas também sempre esteve à frente de lutas para garantir os direitos da sociedade e, neste caso, observa, é radicalmente contra as reformas que estão em discussão no Congresso Nacional porque ‘retira direitos dos trabalhadores, conquistados com muita luta’. “Apesar de o governo dizer que a reforma não fere os direitos dos trabalhadores, elas põem em risco conquistas históricas”, frisou Benasor.
Da portaria de Carajás, os manifestantes seguiram em caminhada até o prédio da Justiça do Trabalho, onde mais uma vez fizeram manifestação contrária as medidas do governo e convocaram a população para se unir e não deixar que sejam aprovadas. Após os discursos, todos deram as mãos e encerram a manifestação cantando o Hino Nacional. Mais Informações (Tina Santos)
Repórter fotalgráfico: Chocolate
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