“Apoio integralmente o lançamento do primeiro relatório sobre a violência contra jornalistas e a liberdade de imprensa no Pará. O trabalho dos jornalistas é fundamental para a democracia e para o estado democrático de direito. Lutar pela liberdade de imprensa e o livre exercício da profissão do jornalista é, acima de tudo, assegurar que o estado democrático de direito seja efetivamente assegurado no país”, avaliou o deputado Carlos Bordalo, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Pará (CDHDC-Alepa), na Sessão Ordinária desta quarta-feira (01.03).
O deputado, em seu pronunciamento, falou dos constantes casos de agressões contra os jornalistas em todo o Brasil, em especial no Pará. Segundo informações obtidas pelo Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará – Sinjor/PA -, o Pará é o Estado com maior número de casos de violência contra jornalistas na Amazônia Legal e o terceiro do país. Os índices estão no Relatório 2022 da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), lançado nacionalmente neste ano. O documento tem como base os dados do Sinjor-PA, que registrou 21 situações de violência contra os profissionais da categoria.
O relatório estadual é uma iniciativa inédita do Sinjor/PA, que busca detalhar as violências contra os jornalistas no Pará. O estado, historicamente, ocupa os primeiros lugares no ranking da violência contra trabalhadores da imprensa. O objetivo do documento é fornecer dados para criação de políticas públicas e provocar o desenvolvimento de ações nas empresas, que promovam o livre exercício do jornalismo e garantam segurança e proteção aos jornalistas.
No relatório, são apresentados os tipos de violências registrados, as vítimas e os agressores, além de todos os casos históricos registrados pela Fenaj no Pará. As equipes que atuam na linha de frente nas reportagens foram as principais vítimas das violências. Já os protagonistas das agressões, na maioria dos casos, foram agentes públicos e/ou apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O Sinjor/PA e a Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Expressão atuaram nos casos acompanhando as vítimas nas delegacias e formalizando as denúncias, para o devido processo legal na Justiça.
O documento será distribuído para gestores públicos, órgãos de segurança, entidades de defesa dos direitos humanos, instituições de ensino e pesquisadores. Qualquer cidadão também poderá ter acesso ao documento virtual, solicitando à entidade. A diretoria do Sinjor pretende ainda reunir com a Secretaria de Segurança Pública do Estado e articular, junto a parlamentares, uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), para dar os devidos encaminhamentos para garantir segurança e proteção aos jornalistas no livre exercício profissional.
Fonte: Alepa
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