A Casa NINJA Amazônia inicia sua segunda jornada de circulação pelas Amazônias brasileiras, agora pelos estados de Tocantins, Maranhão, Pará e Amapá. Dez cidades já estão confirmadas nesta fase: Palmas, Imperatriz, Marabá, Parauapebas, Altamira, Santarém, Macapá, Santana, Mazagão e Laranjal do Jari.
A primeira jornada durou 31 dias, rodou 8 mil km, visitou 23 cidades e impactou mais de 2 mil pessoas em atividades como oficinas e rodas de conversa de comunicação. Com o tema “Refloresta Já”, a Casa NINJA Amazônia Tour passou pelos estados do Mato Grosso, Rondônia e Acre, e ainda por duas cidades da Bolívia. A ação contou histórias, conectou potências e trocou saberes e conhecimentos com realizadores, comunidades e povos da maior floresta tropical do mundo.
A primeira parada foi Cuiabá, cidade na qual há pouco mais de 20 anos foi fundado o primeiro coletivo da rede Fora do Eixo, que impulsionou a criação de diversas comunidades da América Latina, incluindo a Mídia NINJA.
Depois foram visitadas as cidades de Vila Bela da Santíssima Trindade, Pontes e Lacerda, Cáceres, Nobres, Santa Rita do Trivelato, Terra Nova do Norte, Alta Floresta, Sinop, Lucas do Rio Verde, Vilhena, Cacoal, Rolim de Moura, Ji-Paraná, Porto Velho, Guajará-Mirim, Guaya-Mirim, Epitaciolândia, Cobija, Brasiléia, Xapuri, Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
Foram quatorze oficinas e rodas de conversas realizadas em treze cidades: Vila Bela da Santíssima Trindade, Cáceres, Alta Floresta, Sinop, Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná, Porto Velho, Guajará-Mirim, Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
A tour também passou pelas comunidades Terra Indígena Bakairi (MT); Terra Indígena Igarapé de Lourdes do Povo Arara (RO); Terra Indígena Sete de Setembro – Linha 9 (Paiter Suruí); Reserva Extrativista Chico Mendes; Comunidade ribeirinha de Nazaré no Baixo Madeira e Comunidades do Croa.
“O principal diagnóstico foi presenciar a tentativa de monoculturalização de vários aspectos da vida, como economia, agricultura, religião, cultura e política. No campo econômico, como contraponto ao predomínio de grandes lavouras de soja e milho, sobressaem-se modelos de Sistemas Agroflorestais (SAF) e projetos de reflorestamento”, conta Marielle Ramires, coordenadora executiva da Casa Ninja Amazônia. A agricultura desses territórios além de latifúndios de lavouras de grãos, geralmente envolve o uso de agrotóxicos, que contaminam solos e águas e impactam povos indígenas e populações tradicionais, muitas vezes expulsando pequenos agricultores de suas terras”, complementa.
Sobre a Casa NINJA Amazônia tour – A caravana é dividida em três partes. A primeira passou por Mato Grosso, Rondônia e Acre, durante todo o mês de maio. A segunda começa no próximo dia 17, passando por Tocantins, Maranhão, Pará e Amapá e por fim, Amazonas e Roraima. A iniciativa pretende visibilizar culturas e estimular a reflexão crítica e a potência narrativa das milhares de iniciativas locais que movimentam as comunidades amazônicas e suas pequenas e médias cidades do Brasil fora do eixo, territórios de origem das redes e ativistas que fundaram a Mídia NINJA.
Entre as principais metas do projeto, está o fortalecimento de um ecossistema multitemático e multiétnico com foco na justiça climática. Dos povos indígenas aos hackers, dos quilombolas aos artistas, das populações tradicionais aos coletivos urbanos; das lutas das mulheres à LGBTQIA +.
Muitos serão os trajetos que marcam essas rodadas, na construção da “Floresta Ativista”. Para isso, a ação realizará encontros, oficinas, reuniões abertas e intervenções artísticas, entre outras atividades, num amplo circuito de trocas e diálogos. Para inscrever-se nas atividades e acompanhar a agenda, o público pode cadastrar-se pelo site AQUI.
Com o título “Refloresta Já”, a proposta é dar visibilidade à urgência da agenda de enfrentamento às emergências climáticas, combatendo o desmatamento e difundindo ideias e práticas de reflorestamento. Dão corpo a esta jornada, as múltiplas interfaces do reflorestamento.
Reflorestamento das áreas degradadas, das práticas sociais e da sociabilidade no território. O reflorestamento dos ideários, das mentalidades e da própria vida.
O projeto faz parte do programa “Vozes pela Ação Climática” (VAC), que atua em sete países do hemisfério Sul, sendo o Brasil um deles. onta ainda com a parceria da ANMIGA – Articulação Nacional das Mulheres Indígenas e CNS – Conselho Nacional de Populações Extrativistas.
Rota da segunda etapa:
18/09 (Segunda) – Palmas
20/09 (Quarta) – Imperatriz
22/09 (Sexta) – Marabá
23/09 (Sábado) – Parauapebas
24/09 (Domingo) – Altamira
26/09 – (Terça) – Santarém
29/09 – (Sexta) – Macapá
30/09 (Sábado) – Mazagão e Santana
01/10 (Segunda) – Laranjal do Jari
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