Os servidores públicos do Estado do Pará entraram em estado de greve, logo após reunião com o Governo, que ofereceu 11,08% de reajuste salarial aos servidores. A decisão foi tomada logo após reunião, nesta terça-feira (19), na Secretaria de Estado de Administração (Sead), em Belém.
Indignados com a proposta, que representaria apenas a reposição da inflação, os servidores deixaram o prédio da secretaria e interditaram por 40 minutos a Avenida Almirante Barroso com a Travessa do Chaco, no bairro do Marco.
“Os servidores gerais, dentre Polícia Civil, Saúde, Detran (Departamento de Trânsito) estão em estado de greve”, afirmou Leandro Borges, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Pará (Sepub). “A categoria pedia um aumento de 30%, mas o governo ofereceu apenas 11,08%, o que é referente à reposição da inflação, e R$ 100,00 de ticket alimentação. Quando o Governo ofereceu esse valor, a categoria não aceitou e saiu da reunião.”
Uma assembleia será realizada no dia 28 de abril, no ginásio da escola de Educação Física, para decidir os rumos da manifestação.
Pelo Governo, participaram da reunião na Sead o chefe da Casa Civil, José Megale; o delegado geral de Polícia Civil, Rilmar Firmino; o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Jeannot Jansen; o presidente do Instituto Previdenciário do Pará (Igeprev), Alan Moreira; o secretário de Fazenda, Nilo Noronha; o procurador Geral do Estado, Antônio Sabóia; e a secretária de Administração, Alice Viana.
GOVERNO
De acordo com nota enviada pela Sead, as reivindicações dos servidores causariam um impacto no pagamento da folha da ordem de R$ 900 milhões ao mês.
Ainda segundo a secretaria, o governo pretende conceder aumento no auxílio-alimentação em índice médio de 11% para 90,5 mil funcionários ativos do Estado.
A medida representa um impacto na folha de pagamento da ordem de R$ 10 milhões mensais e R$ 90 milhões até o fim do ano.
Para a área de segurança o aumento total no valor do auxílio-alimentação representa, apenas este ano, um acréscimo de 71,5%, visto que em janeiro foi concedido um percentual de aumento no auxílio-alimentação para policiais e bombeiros militares.
Os policiais civis também serão contemplados com o mesmo percentual de 71,5%.
O pagamento do acréscimo no auxílio-alimentação já vem no contracheque deste mês e será destinado apenas aos servidores ativos, pois os aposentados e pensionistas, legalmente, não têm direito ao benefício.
Ainda no pagamento de abril os servidores que recebem o salário-mínimo terão o vencimento-base reajustado para o valor de R$ 880, o que representa impacto de R$ 6,6 milhões na folha de pagamento do Estado para ativos e inativos.
(DOL)
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