O suspeito de 23 anos que levou cinco tiros de um empresário ao tentar assaltar uma loja de celulares de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, ganhou alta do hospital.
O caso aconteceu no dia 13 de junho e foi filmado pela câmera de segurança do estabelecimento.
O suspeito ficou 19 dias internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e cinco dias em leito clínico, sempre escoltado pela Polícia Militar (PM). Ao sair do hospital, no domingo (7), foi levado diretamente para a Cadeia Pública da cidade.
As informações foram repassadas pelo Hospital Universitário Regional da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) e pelo delegado Lucas Andraus na quinta-feira (11).
O jovem foi indiciado por tentativa de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo. No dia do crime ele foi preso em flagrante e, dias depois, teve a prisão convertida em preventiva.
O juiz Hélio Cesar Engelhardt, responsável pela conversão, destacou no documento que o suspeito possui três condenações anteriores pelo crime de tráfico.
Relembre o caso
As imagens da câmera de segurança mostram que o suspeito entra na loja usando um capacete e anuncia um assalto, enquanto tira uma arma de dentro da calça e se aproxima da esposa do empresário, que trabalha no local.
Ao mesmo tempo, o empresário, que estava sentado atrás de um balcão, também pega uma arma da própria calça e atira cinco vezes contra o suspeito.
De acordo com o delegado Lucas Andraus, logo após o ocorrido o irmão do empresário, que também estava na loja, acionou a PM e o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate).
O suspeito baleado foi levado ao hospital. Além dele, mais ninguém se feriu.
A polícia recolheu as armas do suspeito e do empresário, que estão sendo periciadas.
Segundo o delegado Lucas Andraus, a arma do suspeito era um revólver calibre .38 com numeração raspada e estava municiado, enquanto que a do empresário era uma de calibre .9mm e será restituída assim que o laudo for concluído.
“O Boletim de Ocorrência apresentado pela Polícia Militar não citou a participação de outras pessoas no delito. Mesmo assim, foram realizadas diligências pela Polícia Civil com o intuito de tentar localizar e identificar possíveis comparsas. Até o presente momento, não foi constatada a participação de outros envolvidos”, explica Andraus.
No inquérito sobre a tentativa de assalto, Andraus entendeu que o empresário agiu em legítima defesa, mas a Justiça determinou que um novo inquérito fosse aberto para apurar a conduta do homem.
O empresário afirma que não quer se manifestar sobre o caso.
Fonte: G1 PR
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