Um levantamento realizado pela KPMG faz um raio-x do atual cenário do setor. Aponta tendências mostra que a mineração terá pela frente novos desafios. As discussões sobre uma nova forma de relacionamento com comunidades e agentes reguladores, continuam presentes. Mas outras questões ganharam maior relevância, com a pandemia de coronavírus. A análise é de Ricardo Marques, sócio de mineração da KPMG.
Principais tendências na opinião do consultor:
– Quedas nos preços das commodities parcialmente neutralizados pela valorização do dólar.
– Riscos da cadeia de suprimento no fornecimento de insumos essenciais no curto prazo.
– Benefícios dos programas de estímulo econômicos que deverão ser oferecidos em larga escala pelos governos globais.
– Potenciais oportunidades para fusões e aquisições no médio a longo prazo associadas à redução dos valores dos ativos.
– Rediscussão do relacionamento com stakeholders, incluindo comunidades e autoridades governamentais.
– Indicadores de meio ambiente (Environment, Social and Governance) em pauta.
– Alto nível de liquidez, mas dificuldades para acesso a fontes de financiamento.
Realidade pós-crise
– Modelo de negócios e gestão de risco – revisão da relação das empresas com agentes reguladores e comunidades impactadas, alterando o modelo de operação nos projetos de mineração.
– Modelo operacional – ampliação da automação operacional, da eletrificação de veículos e equipamentos e das alternativas para controle remoto do processo produtivo por meio da utilização de novas tecnologias.
– Mudanças de hábitos dos consumidores – aumento da demanda por minerais estratégicos aplicados em novas tecnológicas, como veículos elétricos e baterias.
– Colaboradores – implementação de estratégias para proteger os empregados da exposição à Covid-19 e limitar o risco de interrupção das operações.
– Estrutura de capital – desafios para o acesso a novas fontes de capital.
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