tudo acaba. é verdade. tudo mesmo. a vida é finita, e as dores e alegrias também. nada dura para sempre. mas a gente insiste em acreditar que os problemas são eternos, que as dívidas vão se arrastar até o fim dos tempos, que o aperto no peito nunca vai embora. só que tudo tem um fim. se até os dias bons passam, por que os ruins ficariam para sempre?
a gente sofre porque esquece disso. porque, no meio do caos, parece impossível enxergar o depois. a tristeza pesa como se fosse fixa, a preocupação se infiltra como se não houvesse saída, e a angústia sussurra que nunca mais vai embora. mas vai. sempre vai. um dia a gente acorda e percebe que aquela dor que parecia insuportável virou só uma lembrança distante.

a natureza sabe disso melhor do que ninguém. as folhas caem, os rios mudam de curso, o sol se põe todos os dias sem hesitação. o que parece fim é sempre começo de outra coisa. até as árvores que perdem todas as folhas no inverno florescem de novo quando chega a primavera. nada é estático, nada é definitivo. o tempo não pede licença para continuar, ele simplesmente vai, levando o que precisa ir e trazendo o que tem que chegar.
e não, isso não significa que seja fácil. algumas coisas demoram mais que outras. tem tempestade que passa rápido, tem outra que insiste, que inunda, que vira parte da paisagem por um tempo. mas nenhuma fica para sempre. uma hora, o céu abre. uma hora, o peso alivia. uma hora, a gente se dá conta de que seguiu em frente, mesmo sem perceber.
então, se hoje o dia parece impossível, se o problema parece grande demais, se a dor parece eterna, lembra: nada dura para sempre. nem o bom, nem o ruim. a vida se move, o tempo arrasta tudo, e o que hoje parece o fim do mundo, amanhã pode ser só uma história para contar.
@enricopierroofc
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