. Essa é a ideia que se tem diante da instalação criada pelo artista plástico britânico Bruce Munro nos jardins do Holburne Museumem Bath, Inglaterra. Como flores no deserto, a obra instantaneamente enche um imenso gramando de luzes e cores. Chamada Field of Light, ela fica exposta até o dia 8 de janeiro.
Por meio de uma série de cabos de fibra óptica, a instalação conecta mais de cinco mil esferas de acrílico fosco a um projetor de cor e luz. Como se os bulbos fossem vaga-lumes, a luz cria um efeito algo surreal ao ser acendida nas primeiras horas da noite. Num piscar de olhos, o emaranhado de cabos muda de cor.
A ideia surgiu em uma viagem de Munro à Austrália, onde o artista teve a oportunidade de ver um raro fenômeno no Deserto de Barren. Após alguns minutos de chuva, o campo de areia se transformou quase que instantaneamente em um imenso tapete de flores. O que Munro deseja é transmitir aos visitantes uma experiência tão surpreendente quanto essa.O primeiro Field of Light foi montado em 2004 no jardim do Victoria & Albert Museum de Londres. Desde então, Munro apresentou sua obra em escalas cada vez mais impressiontante. Em Wiltshire, na Inglaterra, um campo de 40 mil metros quadrados foi coberto pelo conjunto brilhante. Depois, entre 2008 e 2009, foi a vez de Cornwall ver a instalação – na ocasião, o espaço cultural Eden Project teve seu centro de visitantes coberto com 6.000 lâmpadas e 11 imensos holofotes.
Mas, no Field of Light, o espetáculo visual surge quando a noite cai. Enquanto a obra tem um aspecto inerte durante o dia , à noite ela floresce como um tapete de brilho e vibração.
Essa habilidade de transformar espaços comuns em obras de arte vai ganhar novas dimensões em 2012, quando Munro deverá montar em Longwood Gardens, na Pensilvânia (EUA), uma instalação com 20.000 globos de fibra ótica. É aguardar para ver.
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