As primeiras chuvas sobre a capital paraense indicam que o período chuvoso está chegando e com ele o risco de doenças respiratórias virais, como as gripes causadas pelo vírus Influenza A e Influenza B. E para garantir a imunização da população, a Campanha de Vacinação contra a Influenza, que começou no dia 2 de setembro, foi prorrogada até o dia 29 de novembro e o Pará está com a cobertura vacinal de apenas 28,28%, figurando na 4ª posição entre os estados da região Norte, ficando atrás do Tocantins, Amazonas e Amapá, que também estão com coberturas em torno de 30%. A meta geral é vacinar 2,7 milhões de pessoas no Pará dos grupos prioritários, mas até agora apenas 667.689 doses foram aplicadas.
A capital paraense, Belém, por exemplo, não está entre os dez municípios do Estado com maior cobertura vacinal. São eles: Brejo Grande do Araguaia (61,83%), Inhangapi (55,22%), Nova Timboteua (54,66%), Curuá (53,92%), Juruti (52,96%), Santarém Novo (50,40%), Igarapé-Açu (50,35%), Quatipuru (48,33%), Magalhães Barata (48,18%) e São Domingos do Capim (46,26%).
Esses dados foram apresentados pela coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde, aos secretários municipais de Saúde, na reunião mensal da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), realizada no dia 31 de outubro, no auditório da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). CIB é o fórum que reúne gestores estaduais e municipais de Saúde.
A gripe é uma infecção viral que ataca os pulmões, o nariz e a garganta e pode ser causada por diversos tipos de vírus. Os sintomas incluem febre, calafrios, dores musculares, tosse, congestão, coriza, dores de cabeça e fadiga.
Quando há complicações, pode causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Conforme os registros do Sistema on-line SIVEP-Gripe, neste ano de 2024 (até 04/11/24), foram notificados 181 casos de SRAG causados por Influenza, dos quais 21 casos evoluíram a óbito.
Esses dados demonstram o quanto é importante estar vacinado contra o vírus Influenza antes de o período chuvoso chegar, pois é nesse momento que as pessoas ficam em ambientes fechados, com aglomeração de pessoas, o que facilita a proliferação das doenças respiratórias.
Medidas preventivas – Além da vacina, é importante que a população adote as seguintes medidas preventivas:
- Cobrir o nariz e a boca com lenço de papel ao tossir ou espirrar e descartar o lenço no lixo após o uso;
- Lavar as mãos com água e sabão após tossir ou espirrar;
- Usar álcool em gel no caso de não haver disponibilidade de água e sabão;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Realizar a limpeza e desinfecção de ambientes;
- Manter os ambientes ventilados;
- Evitar aglomerações (comuns no período chuvoso), locais fechados e mal ventilados e contato próximo com pessoas doentes;
- Usar máscara cirúrgica se estiver com síndrome gripal ou fizer parte dos grupos prioritários (imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades);
- Manter hidratação e alimentação saudável.
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