O Ministério da Saúde lança nesta terça-feira (25), em Belém, a Campanha Nacional de Combate à Malária. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, falou sobre as principais ações da pasta para tratamento dos pacientes e redução de casos. O lançamento marca o Dia Mundial de Luta Contra a Malária e os 20 anos de atuação do Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária.
De acordo com a secretária, duas ações serão realizadas em busca da eliminação da doença até 2035. A primeira é o decreto para criação do Comitê Interministerial para concentrar ações na eliminação de doenças de determinação social, como a malária, assinado no último dia 17 pelo presidente Lula. A segunda ação é a formação do Grupo de Trabalho na Região da Amazônia Legal como um plano estratégico para a região.
“Esse grupo visa o preenchimento de vazios na vigilância e assistência. Precisamos olhar com bastante prioridade para a Região Norte para que consigamos efetivar a equidade em saúde; e paralelamente, o decreto que institui o Comitê Interministerial, porque infelizmente temos um grupo enorme de doenças de determinação social no Brasil. Também precisamos de financiamento para essas ações e colocando isso como prioridade de governo, conseguimos mobilizar os recursos necessários”, diz Maciel.
Três municípios paraenses estão entre os que possuem altos índices de casos de malária
Apesar da diminuição de casos de malária no Brasil, houve aumento de óbitos e aumento da proporção em área indígena e de garimpo a partir de 2020, de acordo dados divulgados pelo coordenador de Eliminação da Malária do Ministério da Saúde.
No Pará, os municípios de Jacareacanga e Itaituba se destacam pelos altos números. As regiões são conhecidas pela prática de garimpo ilegal, atividade que está diretamente ligada com o avanço da doença.
De acordo com dados do MS, na década de 1960 havia transmissão de malária no país inteiro; já no ano de 2000, já ocorreu uma restrição da malária para a região Amazônica com alto risco no Pará, Amapá, e Amazonas. E em 2022, a preocupação está no extremo oeste do território brasileiro.
Uma das estratégias apontada pelo Ministério da Saúde em busca da erradicação da malária no Norte brasileiro é capacitar lideranças comunitárias para identificar a doença.
“Diminuiu, mas a carga de malária em alguns municípios é grande. A gente não pode se contentar com o controle. Os trabalhos locais conseguem fazer com que pequenos surtos de malária não se tornem uma nova área transmissora, então a principal estratégia passa pelo diagnóstico”.
Fonte: G1 PA
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